Analisamos o filme The Witcher: Lenda do Lobo

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No último dia 23 a Netflix lançou o filme animado The Witcher: Lenda do Lobo (The Witcher: Nightmare of the Wolf) como uma espécie de prequel do live-action estrelado pelo ator Henry Cavill (Geralt de Rívia). Mas onde o personagem principal é o bruxo Vesemir, que é o mentor e a figura paterna de Geralt.

 

“A história mostra o jovem Vesemir convencido, que caça criaturas por dinheiro. Um dia Vesemir se depara com um novo e misterioso poder que o força a enfrentar demônios do passado e acaba descobrindo que alguns trabalhos são mais importantes do que o dinheiro”. Esta é a breve sinopse apresentada na Netflix, mas a narrativa da animação tem início com o jovem bruxo Vesemir caçando um Leshi na floresta. Entretanto, o monstro parece diferente dos demais por falar uma linguagem élfica antiga. Em outro núcleo vemos a feiticeira Tetra em uma audiência com o conselho de Kaedwen, reino em que se localiza a fortaleza dos bruxos, tentando convencer o rei a ir contra os caçadores de monstros. Partindo deste dois pontos, temos uma história com muita ação, reviravoltas e encontros surpreendentes.

 

 

Durante a história o jovem Vesemir também encara o seu passado, sendo estes momentos contados a partir da sua infância quando decidiu ser um bruxo. Desta forma, é mostrado o Teste de Ervas e os desafios necessários para sua formação, contrapondo com o treino que ele aplica a algumas conhecidas crianças. Inclusive, questionamentos de amadurecimento de um Vesemir jovem para sua fase Mentor são respondidas e justificadas de forma muito clara.

 

Para quem já conhecia um pouco sobre Kaer Morhen, local de treinamento dos bruxos, terá uma certa surpresa aqui, já que apesar de trazer fatos similares, a lore muda um pouco, mostrando que os bruxos possuem uma figura um tanto diferente daquela que conhecemos. Aliás, esta diferença também está presente em Vesemir, que é um bruxo muito mais orgulhoso, ganancioso e canalha do que estamos acostumados e, provavelmente, muito mais jovem também.

 

Para quem ainda acreditava que os bruxos não possuem emoções, o filme mostra o contrário. Afinal, temos uma boa pitada de romance dentro da história de Vesemir. Aliás, o começo de sua história como Bruxo também surpreende, já que mostra que há muito mais variáveis neste universo do que o destino e a Lei da Surpresa, que geralmente envolvem todos os contos de The Witcher.

 

 

As lutas dos bruxos também com muito mais acrobacias no filme, lembrando bastante a movimentação dos personagens da série Castlevania, que possui estas características durante as lutas. O excesso mostrado vai contra o que é nos livros, série e jogos, já que os bruxos não dominam a magia da mesma forma que as feiticeiras e magos. Entretanto, tal escolha de representação dos sinais é compreensível quando se leva em conta o estilo utilizado, que a Netflix chama de anime, e o nicho que tenta se enquadrar. Talvez, a abordagem mais discreta pudesse tirar não só a dinamicidade, mas também o impacto e grandiosidade pretendida em certas cenas.

 

Para recordar, The Witcher nasceu nos livros do autor polonês Andrzej Sapkowski e o sucesso maior veio com os jogos, sendo o mais popular é o The Witcher 3: Wild Hunt lançado em 2015 e até hoje sai versões para os consoles da atual geração. Isso mostra a importância das diferentes mídias de entretenimento terem ligação, no caso de The Witcher são os livros, os jogos, a série live-action e agora o filme animado e assim um vai alimentado a popularidade do outro.

 

The Witcher: Lenda do Lobo está disponível na plataforma de streaming da Netflix. Confira o trailer abaixo:

 

 

The Witcher: Lenda do Lobo
Nota Final
8.8/10
8.8/10
  • História - 7.5/10
    7.5/10
  • Animação - 9.5/10
    9.5/10
  • Personagens - 9/10
    9/10
  • Áudio e Trilha Sonora - 9/10
    9/10
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

A animação até que apresenta um roteiro razoavelmente estruturado, porém sai um pouco do contexto da história de The Witcher, mas não é um filme ruim, mas tampouco é o dos melhores. Como não há uma identidade própria, para quem não conhece o universo de The Witcher vai ficar bem perdido, mas por outro lado muito elementos do universo é apresentado e para quem é fã tantos dos livros como dos jogos, vai ter um bom entendimento do que está acontecendo.