Anno 117: Pax Romana — Roma ressurge no império dos construtores!

Em 12 de novembro de 2025, a Ubisoft trouxe de volta uma das séries de construção e estratégia mais respeitadas da indústria: Anno 117: Pax Romana. Depois de séculos virtuais de colonizações, revoluções e eras industriais, a franquia finalmente retorna à Antiguidade, o berço da civilização ocidental, para mostrar que o poder de Roma não está apenas na força das legiões, mas também na engenhosidade de seus construtores. A proposta é colocar o jogador no papel de um governador romano, encarregado de administrar províncias, equilibrar economias, satisfazer cidadãos e preservar o legado da chamada “Pax Romana”, um período histórico de prosperidade e estabilidade. Ao contrário de muitos jogos que focam na guerra, Anno 117 aposta em política, cultura e logística como verdadeiras armas do império. E, inevitavelmente, a comparação com o gigante Age of Empires surge. Mas se Age foi o general que dominou os campos de batalha, Anno 117 é o arquiteto que constrói o futuro tijolo por tijolo. Anno 117: Pax Romana já está disponível para PlayStation 5, Xbox Series X|S e PC, via Steam, Epic Games Store e Ubisoft Connect.

 

 

Graças a Assessoria de Imprensa da Ubisoft Brasil podemos jogar Anno 117: Pax Romana para PC. Esta gameplay pode ser vista ao final deste artigo.

 

A jogabilidade mantém o DNA da série Anno: construir, produzir, expandir. Mas Pax Romana refina essa fórmula com recursos inéditos. A introdução de ruas diagonais e zonas de influência dinâmicas permite layouts mais orgânicos e visualmente realistas. Cada edifício afeta a eficiência e o moral dos vizinhos, obrigando o jogador a pensar como um verdadeiro urbanista romano. As decisões culturais são outro destaque: cada província tem autonomia moral e simbólica, e o jogador deve escolher entre romanizar o território, impondo leis e infraestrutura ou preservar tradições locais, ganhando apoio popular e novos tipos de bônus. Essa mecânica política dá ao jogo um tom mais maduro e estratégico. O ritmo é mais contemplativo, mas o equilíbrio entre microgestão e automação foi bem ajustado. Tudo parece projetado para oferecer profundidade sem sobrecarregar uma filosofia que lembra o minimalismo elegante de Age of Empires II, só que com foco na gestão civil, não militar.

 

 

Apesar de não ser um RTS no sentido clássico, Anno 117 não ignora o aspecto militar. Tropas e fortalezas podem ser mobilizadas para defender fronteiras ou sufocar rebeliões. No entanto, a diplomacia é o principal campo de batalha. Convencer tribos celtas a cooperar, firmar acordos comerciais e equilibrar impostos são manobras tão importantes quanto marchar com legiões. Aqui está uma das grandes diferenças em relação a Age of Empires IV. Enquanto este último incentiva confrontos rápidos e avanços tecnológicos, Anno 117 privilegia a paciência e o cálculo. O poder romano vem da manutenção, não da destruição e o jogo traduz isso em suas mecânicas de forma magistral. A inteligência artificial dos rivais se mostra mais imprevisível do que em títulos anteriores da série. Cidades autônomas competem entre si, e a balança de poder pode mudar sem aviso. O resultado é um ambiente geopolítico vivo, em constante mutação, algo que Age of Empires raramente alcança.

 

O ponto mais fascinante de Anno 117 é seu sistema econômico. Recursos fluem entre regiões conectadas por rotas marítimas, estradas e centros de troca. A economia tem um peso real e palpável: se faltar vinho, o moral despenca; se houver excedente de trigo, a exportação fortalece o império. Há também um aspecto cultural belíssimo. Anfiteatros, templos e banhos públicos não são apenas decorações, eles moldam o comportamento social e geram benefícios específicos. A gestão populacional se torna quase um jogo dentro do jogo, desafiando o jogador a manter a harmonia entre luxo e necessidade. Em comparação, Age of Empires II trabalha com economias mais abstratas e lineares: colete, construa, ataque. Já Anno 117 oferece um ecossistema econômico orgânico, em que tudo depende de equilíbrio e interdependência. É uma diferença de filosofia de Age é sobre dominar, Anno é sobre sustentar.

 

 

A Ubisoft deixou claro que Anno 117: Pax Romana é o ponto de entrada ideal para novos jogadores. A interface foi redesenhada, os tutoriais são mais intuitivos e a progressão inicial é bem dosada. Essa acessibilidade, contudo, não sacrifica profundidade: o jogo é denso o suficiente para satisfazer veteranos. Ainda assim, quem vem de Age of Empires pode estranhar o ritmo. Anno é um jogo de paciência, o prazer está na gestão, não na pressa. Não há aquele frenesi de clicar rápido, criar exércitos e reagir em segundos. Aqui, cada decisão é ponderada, cada ação leva tempo a florescer. Esse “tempo romano” é o que diferencia Pax Romana, um convite para apreciar o processo e não apenas o resultado.

 

O modo multiplayer de Anno 117 impressiona. Até 16 jogadores podem cooperar ou competir por províncias, formando alianças, compartilhando recursos e definindo fronteiras. A experiência online é fluida e estável, e o jogo incentiva a diplomacia tanto quanto a rivalidade. Graficamente, o título é deslumbrante. As cidades respiram vida e cidadãos caminham, mercados fervilham, legiões marcham. Os efeitos de luz e o nível de detalhe nas construções mostram o cuidado da equipe Ubisoft Mainz. A trilha sonora, orquestrada com coros latinos e instrumentos de época, completa a imersão de forma épica. Comparado a Age of Empires IV, o visual é mais cinematográfico e menos “tabuleiro de guerra”. Enquanto Age exibe o campo de batalha, Anno 117 mostra a alma da cidade.

 

 

No balanço, Anno 117 não tenta competir diretamente com Age of Empires, mas dialoga com ele. Ambos falam de civilizações, mas com linguagens diferentes, pois um é sobre guerra e glória, o outro sobre cultura e permanência. Anno 117: Pax Romana é o ponto alto da série, um épico de estratégia, economia e estética histórica. É o tipo de jogo que ensina o valor da cooperação e da paciência, sem deixar de ser instigante e recompensador. Para fãs de simulação e construção, é um império a ser celebrado.

 

 

Mais do que um retorno à Roma antiga, Anno 117: Pax Romana é uma aula de design e maturidade. Enquanto Age of Empires representa a glória das batalhas, Anno representa a paz que as sustenta. Um jogo de ritmo sereno, de inteligência refinada e de coração estratégico. Roma não se fez em um dia e Anno 117 mostra por quê.

 

Confira a gameplay realizada pelo canal Com Noção de Anno 117: Pax Romana abaixo:

 

 

 

Anno 117: Pax Romana - PC
Nota Final
9/10
9/10
  • Gráficos - 9/10
    9/10
  • Jogabilidade - 9/10
    9/10
  • História e Diversão - 9/10
    9/10
  • Áudio e Trilha Sonora - 9/10
    9/10
Sending
VOTAÇÃO POPULAR ➡️
0 (0 votes)

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Anno 117 – Pax Romana é a Roma que renasce para quem prefere pensar antes de atacar. Uma obra de paciência, precisão e pura grandeza estratégica!

 

 

Compartilhe nas Redes Sociais:

Picture of Leo Lopes

Leo Lopes

Sou formado em jornalismo e fotógrafo na horas vagas. Criador de conteúdo no canal Com Noção no YouTube e parceiro oficial do jogo PUBG Lite. Um amante incondicional de retrogames, principalmente do saudoso Mega Drive.