Os jogadores agora podem mergulhar na história de Low e Alone e tentar escapar da Espiral, um mundo perigoso repleto de delírios em LITTLE NIGHTMARES III. Desenvolvido pela Supermassive Games e publicado pela Bandai Namco, o jogo apresenta uma nova história com protagonistas inéditos. Pela primeira vez na franquia, os jogadores podem escolher entre dois personagens jogáveis, jogando sozinhos ou com outra pessoa no modo cooperativo online.
LITTLE NIGHTMARES III já está disponível para PlayStation 5, PlayStation 4, Xbox Series X|S, Xbox One, PC via Steam e Xbox on PC, além de Nintendo Switch e Switch 2. Para mais informações sobre o jogo e as edições disponíveis, incluindo Deluxe, Premium e Exclusive Editions, visite o site oficial.
Graças a Assessoria de Imprensa da Bandai Namco podemos jogar LITTLE NIGHTMARES III na versão para PC. Esta gameplay pode ser vista ao final deste artigo.
LITTLE NIGHTMARES III mantém a estética que consagrou a série: uma mistura de terror e inocência infantil envolta em um design de arte sombrio e angustiante. Visualmente, o jogo impressiona com o uso inteligente de luz e sombra, criando ambientes que parecem vivos, mesmo quando totalmente em ruínas. Cada cenário conta uma história silenciosa, corredores empoeirados, brinquedos quebrados, fábricas de doces macabras, ruínas desertas, todos projetados com uma atenção quase artesanal aos detalhes.
O salto técnico em relação aos títulos anteriores é perceptível. A iluminação dinâmica é mais refinada, as partículas e efeitos atmosféricos (névoa, poeira, reflexos) são mais naturais, e o trabalho de texturização transmite uma sensação de profundidade e peso físico ao mundo. Apesar disso, nota-se certa repetição temática: muitos ambientes ainda exploram o mesmo tipo de decadência visual já vista em Little Nightmares II, sem grandes rupturas estilísticas.
A trilha sonora de LITTLE NIGHTMARES III é discreta e minimalista, aparecendo em momentos chave para realçar tensão, desespero ou fuga. A maior parte da imersão vem dos efeitos ambientais, o som de passos ecoando, o rangido de madeira antiga, o barulho distante de máquinas, o respirar dos personagens e os ruídos monstruosos que preenchem o silêncio.
A ausência intencional de música em longos trechos é uma escolha acertada: cria desconforto e torna cada som significativo. O áudio 3D está bem trabalhado, principalmente com fones de ouvido, o que reforça o senso de perigo constante.
Os temas são eficazes para o clima, mas menos memoráveis que os de Little Nightmares II, que tinha momentos sonoros mais distintos e emocionalmente fortes.
A narrativa mantém o estilo “visual e simbólico” da série: nada é explicado abertamente, e tudo é interpretativo. Os novos protagonistas, Low e Alone, percorrem o mundo distorcido de “lugar nenhum”, enfrentando criaturas grotescas enquanto buscam escapar de seus próprios pesadelos.
A relação entre os dois personagens adiciona uma nova camada emocional à história. A cooperação, seja com outro jogador ou com a IA, dá à jornada um peso maior, especialmente quando o jogo explora momentos de separação, confiança e sacrifício. Mesmo sem falas, a narrativa consegue transmitir sentimentos de solidão, medo e cumplicidade.
A jogabilidade continua fiel ao DNA da série: exploração em 2.5D, resolução de puzzles ambientais, furtividade e momentos de ação contida. A principal novidade é o modo cooperativo online, que transforma completamente a dinâmica, resolver enigmas em dupla traz uma sensação inédita de sinergia, exigindo coordenação e timing.
Cada personagem possui ferramentas próprias (Low com o arco, Alone com a chave inglesa), e essas diferenças influenciam os quebra-cabeças e as rotas de progressão. A alternância entre as habilidades é bem implementada e dá ritmo a gameplay.
Porém, a experiência solo tem negativas: a IA do parceiro, embora funcional, às vezes se atrasa em interações ou repete movimentos, quebrando a fluidez de certos momentos. Há também algumas falhas de precisão em pulos e interações de plataforma, o que pode gerar frustração em alguns momentos. Também há o fator da IA já “saber” o que tem que fazer em determinados puzzles, afetando a experiência humana de tentativa e erro até descobrir o objetivo do quebra-cabeça.
O jogo tenta incluir pequenas seções de combate, mas elas são pouco refinadas e destoam do restante da experiência. O foco continua sendo furtividade e observação, e é aí que o jogo brilha.
As mecânicas seguem o equilíbrio entre simplicidade e desafio: puxar alavancas, empurrar objetos, usar o cenário a favor e coordenar ações entre os dois protagonistas. A estrutura de fases é linear, mas bem construída, alternando momentos de exploração calma com seções de pura tensão.
O design dos inimigos continua criativo: figuras grotescas e surreais que representam medos e traumas, e a forma como o jogo integra o medo com o ambiente é excelente.
Pontos Positivos
- Atmosfera e direção de arte impecáveis, com ambientação densa e visualmente perturbadora;
- Trilha sonora e design de som extremamente eficazes na construção da tensão;
- Modo cooperativo bem implementado, tornando a experiência mais imersiva e emocional;
- Boa variedade de puzzles e interações entre os protagonistas;
- Mantém a essência da franquia.
Pontos Negativos
- A IA do companheiro em modo solo é inconsistente em alguns momentos;
- A IA do companheiro afeta negativamente a experiência de exploração, já que ela “sabe” exatamente o que fazer quando você dá o comando;
- Mecânicas de combate pouco exploradas e sem destaque;
- A estrutura das fases repete o padrão da franquia, sem inovações marcantes;
- Presença de alguns Bugs (durante a gameplay nos deparamos com um alçapão invisível e posteriormente ficamos presos em um local do mapa, sendo obrigado a reiniciar o checkpoint);
- Falta de modo cooperativo local;
- A qualidade do jogo no ultra exige 100% da placa de vídeo gráfica.
Considerações finais
LITTLE NIGHTMARES III é uma sequência sólida, visualmente deslumbrante e com ambientação impecável, que reforça a identidade sombria da franquia. O jogo preserva o espírito da série, entregando um terror psicológico atmosférico e emocionalmente envolvente.
Por outro lado, o jogo peca pela falta de ousadia, a história avança pouco, as mecânicas evoluem de forma modesta, e parte do mistério e impacto dos anteriores se dilui em uma estrutura mais segura e previsível.
Mesmo assim, é uma experiência marcante, especialmente se jogada em coop, e continua sendo uma das obras mais elegantes e inquietantes do gênero de terror contemporâneo.
Quer saber mais sobre o jogo, assista a gameplay feita pelo Rivotrio Games!
LITTLE NIGHTMARES III - PC
Nota Final
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Gráficos - 10/10
10/10
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Jogabilidade - 7/10
7/10
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História e Diversão - 8/10
8/10
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Áudio e Trilha Sonora - 9/10
9/10
VOTAÇÃO POPULAR ➡️
0 (0 votes)CONSIDERAÇÕES FINAIS
LITTLE NIGHTMARES III é uma sequência sólida, visualmente deslumbrante e com ambientação impecável!