Sopa: Tale of the Stolen Potato é arte!

Desenvolvido e publicado pela StudioBando, Sopa: Tale of the Stolen Potato é um jogo de aventura e fantasia e está disponível para PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X|S e PC via Steam.  Trata-se de um desenvolvimento 100% latino-americano: o estúdio de desenvolvimento é formado por membros colombianos, mexicanos e argentinos.

 

 

Há jogos que tentam ser arte, e há SOPA: Tale of the Stolen Potato, que simplesmente é arte! Daquelas que não pedem permissão pra emocionar, só servem o prato quente, mexem tua lembrança e te fazem pensar: “desde quando uma batata tem tanto significado assim?”

Graças a Assessoria de Imprensa da StudioBando, podemos jogar  SOPA: Tale of the Stolen Potato na versão para PC. Esta gameplay pode ser vista ao final deste artigo.

 

A infância roubada e cozida lentamente

 

Tudo começa com Miho, um garotinho que a pedido da avó, vai buscar uma batata pra sopa do almoço. Simples, né? Só que o jogo decide te jogar em um redemoinho de um mundo mágico, onde uma despensa se torna um portal, uma batata é roubada e cada passo parece te cozinhar lentamente dentro de uma lembrança esquecida.

 

 

SOPA é acima de tudo, um conto sobre crescer. Não o crescer clichê de jornada heroica, mas aquele amadurecimento silencioso, melancólico, que mistura cheiro de tempero e saudade da avó.

 

O estúdio colombiano StudioBando não criou apenas um indie bonito, criou um pedaço de cultura latino-americana transformado em jogo.

 

Jogabilidade: simples como um prato de sopa

 

O game não tenta te impressionar com sistemas complexos, árvores de habilidades ou mil menus. Ele quer que você viva, caminhe, observe, resolva pequenos enigmas e entenda o que o mundo está tentando te dizer.

 

 

A movimentação é básica, às vezes até um pouco travada (nada que um patch ou boa vontade não resolvam), mas o foco está nas interações e nos pequenos detalhes.

 

Os puzzles seguem o mesmo espírito: intuitivos, leves, com aquele tempero de “descobrir o óbvio tarde demais”. É o tipo de jogo que te recompensa mais pelo sentir do que pelo vencer.

 

A narrativa te guia sem pressa, e cada objeto, cada diálogo, parece esconder um pedacinho da alma de Miho e de sua família.

 

Um banquete visual e sonoro

 

Aqui está o ponto em que o jogo brilha como prato principal.

 

A direção de arte é um abraço: cores quentes, texturas suaves e um mundo que parece saído de um sonho tropical. As florestas respiram, as cozinhas brilham, e até as sombras parecem carregadas de afeto.

 

 

A trilha sonora, por sua vez, é uma viagem de volta pra casa. Ritmos latino-americanos, batidas ternas, melodias que soam como tardes de domingo na casa da avó. Cada nota reforça a ideia de que SOPA é um jogo sobre pertencer, sobre o que fica quando o tempo leva o resto.

 

Se houvesse um prêmio pra “jogo com cheiro”, esse seria o primeiro. Cheiro de panela no fogo, de infância guardada no armário da memória.

 

Fantasia e mundo mágico na ponta dos dedos

 

O game brinca com o fantástico de um jeito raro nos videogames.

 

 

Nada é totalmente explicado e é justamente aí que mora o encanto. Os personagens que Miho encontra, das criaturas falantes aos adultos melancólicos, parecem saídos de um sonho confuso entre a realidade e a imaginação.

 

Cada encontro serve como um espelho emocional. E quando o jogo te traz de volta pra cozinha, com pequenos detalhes diferentes a cada vez, você entende que a fantasia não está “lá fora”, mas dentro de nós.

 

A vovó de Miho é o símbolo perfeito disso: presença constante, voz serena, memória que aquece e dói.

 

Entre o afeto e a imperfeição

 

SOPA é um jogo pequeno, mas com um coração enorme. Não é perfeito, e nem tenta ser. Há bugs sutis, animações que pulam frames e movimentações que poderiam ser mais suaves. Porém para ser sincero, nada disso estraga o sabor.

 

 

 

O único defeito real de SOPA é acabar rápido demais. Com cerca de 4 a 5 horas de duração, ele termina antes que você perceba o quanto estava envolvido. Mas talvez essa seja a graça, como toda boa sopa, o gosto bom fica só um tempinho, e o resto é lembrança.

 

Pontos Positivos

 

  • Narrativa com alma, simples, emocional e cheia de simbolismo;
  • Estilo artístico encantador e culturalmente autêntico;
  • Trilha sonora rica, com ritmo e calor latino-americano;
  • Puzzles acessíveis e cheios de sensibilidade;
  • Uma representação linda do afeto familiar.

 

 

Pontos Negativos

 

  • O jogo não está em português, isso estraga um pouco a imersão para quem gosta da história;
  • Pequenas falhas técnicas (animações, loops de som);
  • Curta duração e pouca rejogabilidade.

Conclusão 

 

SOPA Tale of the Stolen Potato é um daqueles jogos que a gente não joga, a gente sente. É poesia interativa servida em prato fundo, com gosto de infância, de amor e de realismo mágico. Entre uma colherada e outra, você percebe que o que estava sendo cozinhado não era só uma sopa… era a lembrança de quem você foi.

 

Quer saber mais sobre o jogo, assista a gameplay feita pelo Mr. Shina!

 

 

SOPA Tale of the Stolen Potato - PC
Nota Final
8.3/10
8.3/10
  • Gráficos - 9/10
    9/10
  • Jogabilidade - 9/10
    9/10
  • História e Diversão - 6/10
    6/10
  • Áudio e Trilha Sonora - 9/10
    9/10
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Se houvesse um prêmio pra “jogo com cheiro”, SOPA Tale of the Stolen Potato seria o primeiro a receber!

 

 

 

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Shina Games

Sou Anderson Schneider mais conhecido como Shina. Sou amantes de jogos de plataformas 2D e 3D e entusiasta em games de terror e lutas. Apesar de não ser um fã de guerras de consoles sou focado em games de Nintendo Switch e PC.