Aztecs: The Last Sun te faz mergulhar na cultura asteca de forma divertida

Desenvolvido pela Play2Chill e publicado pela Toplitz Productions, Aztecs: The Last Sun é um jogo de simulação asteca de gerenciamento e sobrevivência de recursos. Aztecs: The Last Sun será lançado para PC em Acesso Antecipado no dia 28 de agosto de 2025.

 

 

Entre tantas tentativas de transformar mitologias antigas em experiências jogáveis, poucas conseguem ir além do clichê de cenários exóticos ou inimigos caricatos. Aztecs: The Last Sun é um desses raros títulos que arrisca mergulhar de verdade na cultura asteca, trazendo uma aventura que mistura sobrevivência, misticismo e ação estratégica. O resultado é um game intenso, poético e, por vezes, brutal, do jeitinho que a civilização do Sol merecia.

 

Graças a Assessoria de Imprensa da Toplitz Productions, podemos jogar Aztecs: The Last Sun na versão para PC. Esta gameplay pode ser vista ao final deste artigo.

 

Uma civilização a beira do fim

 

A premissa já chama atenção: estamos nos últimos dias do Império Asteca, quando presságios e catástrofes anunciam o fim da quinta era do Sol. O jogador assume o papel de Iztli, um jovem sacerdote-guerreiro incumbido de manter a chama do deus Tonatiuh acesa por meio de rituais e sacrifícios. Mas logo percebemos que essa não é só uma história sobre fé e tradição é também uma luta desesperada contra a invasão espanhola, o colapso da natureza e os dilemas morais de sacrificar vidas para prolongar a existência do mundo.

 

 

É uma narrativa madura, que não tem medo de mostrar o peso da religiosidade asteca sem cair na visão simplista dos selvagens sanguinários. Aqui, os rituais são contextualizados como necessidade cósmica e cada escolha do jogador, de quem sacrificar, o que preservar, quando resistir ou negociar,  influencia diretamente no equilíbrio entre sol e trevas.

 

Gameplay: entre o sangue e a sobrevivência

 

O gameplay de Aztecs The Last Sun é uma mistura ousada:

 

  • Sobrevivência e gestão de recursos: caçar, plantar, coletar água e erguer templos;
  • Tomada de decisões narrativas, com consequências permanentes para a vila e para a própria fé do povo.

 

 

O ponto mais interessante é o sistema de sacrifícios. Não é gratuito ou puramente estético: o jogador precisa decidir constantemente entre sacrificar inimigos capturados, membros da própria comunidade ou até voluntários que se oferecem para manter o sol brilhando. Essas escolhas afetam a moral da tribo, a força dos guerreiros e até a maneira como os deuses respondem nas batalhas. É pesado, mas funciona.

 

Atmosfera e direção artística

 

Se existe um trunfo absoluto aqui, é a direção de arte. O mundo respira cultura: pinturas murais contam histórias de eras passadas, trilhas sonoras misturam tambores cerimoniais com cantos em nahuatl, reforça a sensação de apocalipse iminente.

 

 

O jogo não é fotorrealista, mas aposta em um visual estilizado que lembra pinturas em pedra ganhando vida. Isso dá personalidade e afasta a estética genérica de muitos jogos históricos.

 

Desafios e falhas

 

Nem tudo brilha como ouro nos templos de Tenochtitlán. O sistema de combate, embora criativo, às vezes se mostra rígido, com animações que travam no calor da batalha. Além disso, a curva de aprendizado pode ser cruel: nas primeiras horas, é fácil perder recursos essenciais e ver a vila sucumbir sem chance de recuperação.

 

 

Outro ponto delicado é o ritmo narrativo. As missões principais são épicas, mas entre elas há muita repetição de tarefas de coleta e construção, o que pode afastar jogadores menos pacientes.

 

Pontos Positivos

 

  • Ambientação única, recriação fiel e estilizada da cultura asteca, com cenários e templos impressionantes;
  • Narrativa madura, escolhas morais pesadas sobre fé, sacrifício e sobrevivência, fugindo de clichês coloniais;
  • Sistema de sacrifícios inovador, impacta diretamente a história, a moral do povo e a jogabilidade;
  • Trilha sonora e idioma nahuatl, imersão cultural autêntica e atmosfera ritualística;
  • Visual artístico memorável, estilo inspirado em códices e murais astecas que dá identidade própria ao game.

 

 

Pontos Negativos

 

  • Falta do textos em português atrapalha no entendimento do jogo e na gameplay;
  • Combate engessado, animações pouco fluidas e mecânicas que travam em lutas mais intensas;
  • Curva de aprendizado cruel nas primeiras horas, é fácil falhar e perder a vila por falta de recursos;
  • Missões repetitivas, excesso de tarefas de coleta e construção que quebram o ritmo da narrativa;
  • Nem sempre acessível, experiência densa e desconfortável, que pode afastar quem busca algo mais leve ou casual.

 

Conclusão 

 

Aztecs: The Last Sun não é um jogo para todo mundo. Ele exige do jogador uma abertura para uma experiência densa, culturalmente carregada e às vezes, desconfortável. Mas é justamente aí que está sua força, por se tratar de um game que respeita e valoriza a mitologia asteca, transformando em narrativa interativa de impacto.

 

 

Não é perfeito, mas é memorável, um título que te faz pensar sobre o preço da fé, da sobrevivência e da eternidade. Se você busca algo além da fórmula batida de colonizador herói contra bárbaros, este jogo é um verdadeiro raio de sol no meio da mesmice.

 

Quer saber mais sobre o jogo, assista a gameplay feita pelo Mr. Shina!

 

 

Aztecs: The Last Sun - PC
Nota Final
7.3/10
7.3/10
  • Gráficos - 7/10
    7/10
  • Jogabilidade - 7/10
    7/10
  • História e Diversão - 7/10
    7/10
  • Áudio e Trilha Sonora - 8/10
    8/10
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Aztecs: The Last Sun é um jogo para quem valoriza a cultura asteca.

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Picture of Shina Games

Shina Games

Sou Anderson Schneider mais conhecido como Shina. Sou amantes de jogos de plataformas 2D e 3D e entusiasta em games de terror e lutas. Apesar de não ser um fã de guerras de consoles sou focado em games de Nintendo Switch e PC.