Legacy of Pandora é um monster tamer roguelike que está sendo desenvolvido pela OPP Studios, uma desenvolvedora brasileira de jogos. O game ainda não tem data de lançamento determinada, mas traz um foco na mitologia grega com combates estratégicos e criaturas selvagens para capturar.
Recentemente recebemos da própria desenvolvedora, a oportunidade de testar uma versão Alpha, bem do início de desenvolvimento para conhecer Legacy of Pandora, e este artigo é baseado nesta build. Uma gameplay pode ser vista ao final deste artigo.
Legacy of Pandora possui gráficos de design estilizado e cartunescos, tendo animação de movimentação limitada, e suas cutscenes são baseadas em desenhos estáticos sem ou com pouca animação de movimento, tendo o foco principal em sua narrativa. O jogo mistura elementos da mitologia grega e ambientes sombrios.
O jogo possui uma trilha sonora imersiva de ação, com características atmosféricas de influência épica, há faixas musicais dedicadas para batalhas, exploração e menus.
Os kakodemons, figuras principais deste jogo, são sentimentos negativos em forma “monstros”, que as pessoas possuem. Seu objetivo é acabar com eles. Contudo, você pode capturá-los, deixá-los mais fortes, evoluí-los e usá-los a seu favor. Porém suas escolhas refletem na história.
A diversão se baseia nas descobertas de novas criaturas, combinações e estratégias durante as runs roguelike e combates de turno. Ao vencer batalhas você recebe pontos chamados de “chamas da vontade” onde você pode melhorar atributos de força, defesa, vida, saúde e velocidade. Além disso, ao passar por eventos, você recebe outro tipo de atributos que estão ligados diretamente às suas escolhas durante o início desses eventos. Através desses atributos você pode evoluir a sua criatura. Essas evoluções se chamam corrupção, cada habilidade do seu kakodemon corresponde a um tipo de característica (violência, loucura, tristeza, morte, ganância, entre outros) cada um com suas peculiaridades.
Por exemplo: seu kakodemon possui ataques baseados em violência, loucura e doença. Você deseja evoluir a corrupção dele no atributo de violência, então suas escolhas durante os eventos terão de ser voltadas à “agressividade” para conseguir receber pontos de violência e fazer a evolução (corrupção) do seu kakodemon, mas não esqueça suas escolhas impactam na história.
Existe também um bestiário que mostra qual é o tipo de kakodemon e suas evoluções, e um guia de ataque e defesa para saber qual atributo se sobressai ou não sobre os demais. Muito útil durante as batalhas.
Combate de turnos é a principal característica desse jogo roguelike, onde se você perder, terá que começar uma nova run toda do zero.
Alguns elementos do jogo
- Captura condicional: o inimigo precisa ser enfraquecido antes de capturar, aumentando a estratégia nas batalhas;
- Evolução por corrupção: em vez de XP clássico, os monstros evoluem através de um sistema de corrupção, que traz poder mas também riscos;
- Roguelike: múltiplos caminhos sugerem runs diferentes, incentivando replay;
- Progressão estratégica: escolher quais criaturas manter, evoluir ou sacrificar é parte central do gameplay;
- Batalhas por encontros;
- Coleta e gerenciamento de equipe: cada criatura com habilidades e papéis distintos;
- Gerenciamento de recursos: usar com sabedoria suas curas, incensos de captura, cura de sangramento e cura de envenenamento, melhorias de atributos e corrupção;
- Decisões com custo real: evoluir pela corrupção fortalece, mas cobra um preço, forçando escolhas táticas.
Pontos positivos
- Conceito inovador: mistura roguelike + captura de monstros + corrupção como evolução;
- Variedade diversificada de criaturas;
- Narrativa mitológica traz identidade e diferencia o jogo de outros monster-tamers genéricos;
- Alto fator replay: runs diferentes, criaturas variadas e decisões estratégicas;
- Produção nacional, fortalecendo o cenário indie brasileiro.
Pontos Negativos
- Balanceamento difícil: corrupção com custos pode frustrar se mal calibrada;
- Curva de aprendizado: mecânicas diferentes do padrão podem confundir jogadores sem explicações claras;
- Repetição: se a variedade de criaturas e cenários não for suficiente, runs podem ficar parecidas;
- Polimento técnico: como projeto indie em Unity, pode sofrer com bugs, performance ou interface menos refinada.
Considerações finais
Legacy of Pandora é um projeto promissor, com identidade própria dentro do gênero de coleção de criaturas. A aposta em captura estratégica e evolução por corrupção dá frescor ao gameplay, enquanto a temática mitológica cria uma base narrativa consistente.
Se o estúdio conseguir entregar equilíbrio entre desafio e acessibilidade, além de manter conteúdo variado para runs, o jogo tem tudo para se tornar um destaque no cenário indie, especialmente entre fãs de roguelike e RPGs com foco em coleção de criaturas.
Quer saber mais sobre o jogo, assista a gameplay feita pelo Rivotrio Games!