Death Relives tem potencial e identidade própria

Desenvolvido e publicado pela Nyctophile Studios, Death Relives é um jogo de terror em primeira pessoa que aposta na mitologia asteca como pano de fundo para uma experiência tensa e culturalmente rica. No papel de Adrian, o jogador parte em busca de sua mãe desaparecida, mas acaba envolvido em uma jornada espiritual, histórica e sangrenta ao confrontar a presença do deus Xipe Totec, entidade ligada à morte e ao renascimento. O jogo mistura stealth, puzzles, mitologia e um forte senso de atmosfera. Death Relives está disponível para PlayStation 5, PlayStation 4, Xbox Series X|S, Xbox One e PC via Steam.

 

 

Graças a Assessoria de Imprensa da Nyctophile Studios, podemos jogar Death Relives  na versão para PC. Esta gameplay pode ser vista ao final deste artigo.

 

O jogo foi feito na Unreal Engine 5 e entrega cenários bonitos e bem trabalhados, com iluminação bem aplicada e clima opressor. No entanto, há certa inconsistência visual: enquanto o design de Xipe Totec impressiona, os personagens humanos parecem deslocados, com animações faciais e corporais engessadas. Texturas também variam de qualidade, principalmente em ambientes fechados.

 

 

A proposta é centrada em stealth e resolução de puzzles. A inteligência artificial de Xipe Totec cria uma sensação constante de perseguição. Porém, o combate é quase inexistente e, quando ocorre, é frustrante. O excesso de enigmas desacelera o ritmo, e os controles às vezes são imprecisos, com interações pouco responsivas. A curva de dificuldade é mal calibrada em certos momentos.

 

O grande trunfo do jogo, a ambientação baseada na mitologia asteca é bem explorada e o uso da língua nahuatl nos diálogos de Xipe Totec adiciona autenticidade. A presença de flashbacks históricos (como a chegada de Hernán Cortés) enriquece o contexto. O problema está na superficialidade emocional do protagonista, que não consegue carregar a trama sozinho por conta da dublagem fraca.

 

 

A sonoplastia é impecável. Os sons ambientes são cruciais para a tensão: o jogador escuta passos, respiração pesada, sussurros em nahuatl e sons ritualísticos que aumentam o medo. A trilha sonora é discreta, mas bem posicionada. A dublagem de Xipe Totec é forte e marcante. O único ponto fraco fica mesmo na atuação do protagonista, que destoa do resto.

 

Este é o calcanhar de Aquiles do jogo. Há muitos bugs gráficos, crashes aleatórios, longos tempos de carregamento e problemas com objetos que surgem do nada. O jogo tem muitas quedas de FPS mesmo em PCs mais potentes. Em alguns casos, é necessário reiniciar fases por travamentos assim como foi o meu caso, um problema grave que atrapalha a imersão e desanima quem está jogando.

 

Como projeto independente, Death Relives tem mérito por apostar numa mitologia pouco explorada, trazer autenticidade linguística e inovar na narrativa. É uma proposta corajosa e diferenciada, mas falta capricho técnico para que a experiência seja completa. A ambição é clara, mas a execução tropeça onde mais importa: estabilidade e fluidez.

 

 

Death Relives decidiu que o terror não ia ficar só na tela  agora ele pula pro seu bolso também. Com um aplicativo gratuito para Android e iOS, o jogo transforma seu celular no do protagonista Adrian. A ideia é muito boa, mensagens, fotos, QR code, aquela ajudinha do pai via SMS, tipo um WhatsApp sobrenatural. E você, já mandou um nude pro Jeffry?

 

Pontos positivos

 

  • Ótima ambientação e imersão sonora;
  • Uso respeitoso e criativo da mitologia asteca;
  • Trilha e efeitos sonoros de alta qualidade;
  • Narrativa original com identidade cultural forte;
  • IA de perseguição bem construída.

 

Pontos negativos

 

  • Bugs e problemas técnicos constantes;
  • Combate mal implementado;
  • Dublagem do protagonista enfraquece a conexão com a história;
  • Muitos puzzles quebram o ritmo da experiência;
  • Alguns elementos visuais parecem inacabados.

 

 

Conclusão

 

Death Relives é o tipo de jogo que carrega um grande potencial e se destaca por sua identidade própria, mas esbarra em limitações técnicas que comprometem a experiência. A ambientação, os sons e o tema mitológico são excepcionais, mas é difícil ignorar os bugs, a falta de polimento e a jogabilidade por vezes travada.

 

 

Para quem gosta de jogos de terror atmosférico com forte carga simbólica e cultural, vale dar uma chance, especialmente se futuras atualizações corrigirem os problemas técnicos. Mas para quem busca fluidez, ação e estabilidade desde o início, talvez seja melhor esperar.

 

Quer saber mais sobre o jogo, assista a gameplay feita pelo Mr. Shina!

 

 

 

 

Death Relives - PC
Nota Final
7/10
7/10
  • Gráficos - 7/10
    7/10
  • Jogabilidade - 6/10
    6/10
  • História e Diversão - 6/10
    6/10
  • Áudio e Trilha Sonora - 9/10
    9/10
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Death Relives é o tipo de jogo que carrega um grande potencial e se destaca por sua identidade própria.

 

 

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Shina Games

Sou Anderson Schneider mais conhecido como Shina. Sou amantes de jogos de plataformas 2D e 3D e entusiasta em games de terror e lutas. Apesar de não ser um fã de guerras de consoles sou focado em games de Nintendo Switch e PC.