Analisamos o retorno de um dos maiores clássicos dos RPGs estratégicos, Tactics Ogre: Reborn!

 

Quando vamos perguntar para uma pessoa qual os jogos que tem como referência ao gênero de RPG estratégico, a maioria vai falar do Final Fantasy Tactics. Sobretudo, antes mesmo de Final Fantasy existir, já existia um jogo que brilhava e mostrava o tão complexo e divertido esse gênero pode ser. Tactics Ogre: Reborn é a remasterização do remake lançado em 2010 para PSP, já que o original Tactics Ogre foi lançado para o Super Nintendo em 1995 e foi a base para Final Fantasy Tactics. O jogo já está disponível para PlayStation 5, PlayStation 4, Nintendo Switch e PC via Steam.

 

Graças a Assessoria de Imprensa da Square Enix, podemos jogar Tactics Ogre: Reborn na versão para PC. Esta gameplay pode ser vista ao final deste artigo.

 

O jogo conta a história do jovem Denam Pavel, um rapaz advindo da província de Golyat. Junto com sua irmã Catiua, o seu melhor amigo Vyce Bozeck e um grupo de ex-cavaleiros do Reino de New Xenobia, ele se torna uma figura central do grupo de resistência de Walister. Após o bem sucedido resgate do duque Juda Ronwey, Denam se vê diante de uma trama complexa de eventos políticos que testarão a sua lealdade e ambição. Sem entrar em muitos detalhes sobre a trama, se trata de uma história bem complexa e instigante. Os diálogos são meio longos e diretos ao ponto (só um adendo, o jogo não está em português, somente em inglês), oferecendo contexto suficiente para que o jogador entenda as posições de cada um em um conflito que já está em andamento bem antes dos eventos que vemos, pois este é o sétimo capítulo da saga.

 

 

Ainda que o intuito dessa remasterização seja se manter fiel às raízes, os principais atrativos de Reborn são gráficos e sons melhorados, além de mudanças pontuais no design do gameplay. O próprio produtor Hiroaki Kato já tinha afirmado em entrevistas que o objetivo não era atualizar demais os gráficos, mas sim reapresentar a uma nova geração o charme do pixel art que conquistou tantos fãs no passado, mas agora com artes mais suaves e fonte retrabalhada em HD. Como qualquer outro RPG estratégico, temos os cenários sendo um tabuleiro isométrico dividido em inúmeros cubos que representam as casas que os personagens podem percorrer para se confrontarem. A ordem de movimentação é definida pela velocidade individual de cada personagem, independente de qual classe o jogador pertença. Dito isso, você faz o seu movimento e pode executar um ataque desde que o inimigo esteja dentro do range do seu personagem e, após a execução, você seleciona a direção que desejará tentar uma defesa.

 

A jogabilidade não se resume a ataques, uma vez que há classes que possuem o intuito de dar suporte ao curar e disponibilizar proteção contra status negativos como envenenamento e afins. A história acaba se tornando um grande atrativo, afinal, seu criador, Yasumi Matsuno, é um grande roteirista e que trouxe tramas geniais em toda sua carreira – ele é o autor de Final Fantasy Tactics, Vagrant Story e escreveu grande parte de Final Fantasy XII. Tactics Ogre tenha um sistema de narrativa que dá ao jogador liberdade para definir o destino de Denam e, com isso, uma grande variedade de finais possíveis devido a essas escolhas. Matsuno fez uma grande obra e tenho certeza de que você vai ficar inteiramente ligado à narrativa. As batalhas são em turnos, que poder controlar até 12 personagens. Cabe ao jogador movimentar suas unidades pela malha quadriculada do campo de batalha e os turnos são individuais e fatores como classe, equipamento e efeitos de suporte afetam a agilidade dos personagens.

 

 

A inteligência artificial foi aprimorada, vários outros sistemas pequenos e grandes passaram por uma “tunagem”. Por exemplo, agora temos não apenas salvamento automático como também a possibilidade de fazer um salvamento rápido que para a luta em qualquer ponto que você quiser e então permite retomá-la depois, obviamente apagando o que foi salvo e assim que você o recarrega para evitar apelações. Os mais impacientes (como eu) também vão gostar de ver que é possível aumentar a velocidade das lutas, ficando mais intuitiva no processo. Inclusive agora os antigos níveis de classe evoluíram para um sistema de níveis separados por unidades, o que acaba rendendo ainda mais formas de customizar os seus personagens e itens. Para concluir esta análise, Tactics Ogre: Reborn é enaltecedor por ser um jogo é fantástico. Pois é um RPG atemporal e que desde a sua primeira versão já trazia mecânicas que estavam a frente do seu tempo, mas certamente só agora podemos comparar com títulos de fato modernos e vermos como esse jogo consegue se destacar na sua sublime qualidade. Se você é fã de RPG, não pode ficar sem jogar Tactics Ogre: Reborn.

 

 

Tactics Ogre: Reborn já está disponível em uma edição digital padrão para PS5, PS4, Nintendo Switch e PC via Steam e uma edição física padrão para PS5, PS4 e Nintendo Switch. Uma Digital Premium Edition também está disponível agora no PS5, PS4 e Steam, e inclui a trilha sonora original de Tactics Ogre: Reborn, além do jogo completo.

 

Confira a gameplay realizada pelo canal Com Noção do jogo Tactics Ogre: Reborn abaixo:

 

 

Tactics Ogre: Reborn - PC
Nota Final
9.4/10
9.4/10
  • Gráficos - 9.5/10
    9.5/10
  • Jogabilidade - 9/10
    9/10
  • História e Diversão - 10/10
    10/10
  • Áudio e Trilha Sonora - 9/10
    9/10
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Tactics Ogre: Reborn é um bom jogo de um nicho muito específico dos fãs de jogos de RPG e serve, acima de tudo, para agradar aos fãs, mas sem manchar o trabalho realizado há quase 30 anos. Acredito que esta é uma oportunidade sem igual para apresentar esse clássico dos jogos táticos para um novo público que talvez nem sequer saberia que essa pérola existe. Só acho que deveria ter as legendas em português.

 

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Leo Lopes

Sou formado em jornalismo e fotógrafo na horas vagas. Criador de conteúdo no canal Com Noção no YouTube e parceiro oficial do jogo PUBG Lite. Um amante incondicional de retrogames, principalmente do saudoso Mega Drive.