Em 2020 quando vi o anúncio de Kena: Bridge of Spirits corri para checar qual estúdio estava fazendo aquele jogo, um dos que mais me impressionou entre os prometidos para a nova geração, e vi que era um jogo indie e que estava sendo feito pela Ember Lab, um estúdio promissor mas ainda pequeno com 15 funcionários fique ressabiado, o jogo teve um teaser perfeito, gráficos absurdos e muito bem feitos, será que seria um daqueles indies que o foco foi todo no gráfico e nenhum no desenvolvimento da trama e jogabilidade? Bom, para nossa alegria minha preocupação não se concretizou, o jogo é muito divertido além de bonito.
Lançado em 21 de setembro de 2021, o jogo chegou com grande aceitação do público batendo a 81 geral e 8.8 na avaliação do público no site Metacritic, isso reflete o ótimo trabalho do estúdio com uma equipe pequena e principalmente a qualidade do jogo.
Kena: Bridge of Spirits é um jogo de aventura e ação em um mundo mágico, cheio de elementos místicos e encantadores, exploração de belas paisagens e um combate com mecânicas próprias.
Assumimos o papel de Kena, uma jovem guia espiritual a caminho de uma vila abandonada dentro da montanha sagrada, mas no caminho encontramos os pequenos Rots, simpáticos espíritos que serão nossos aliados ao longo do jogo e nos ajudarão a nos executar puzzles, e os irmãos Saiya e Beni que colocarão você na busca por Taro, irmão mais velho dos pequeninos.
O jogo possui uma dinâmica de mundo fechado com caminhos específicos a seguir, mas com muitos puzzles, alguns não fáceis de identificar, que demandam certa concentração para entender e desenvolver sua resolução, o que ao meu ver é um ponto positivo em uma era em que os jogos praticamente resolvem os próprios desafios para que o jogador não tenha dificuldade.
Falando sobre dificuldade, ela não está só nos puzzles, mas também e principalmente nos combates, como são difíceis e exigem empenho e dedicação na execução, mesmo não sendo tão frequentes como em um jogo de ação, quando acontecem são desafiadores e logo no início fica claro que qualquer vacilo na mecânica custará sua vida, porém, há um bom trabalho da Ember em deixar o nível de dificuldade ajustável a qualquer momento, satisfazendo desde o jogador que gosta das dificuldades mais altas quanto o jogador casual que gosta apenas de apreciar uma bela história.
Os gráficos também surpreenderam, são muito bem feitos, desde os personagens até os cenários, ambientação sonora de uma floresta também está marcante e vale destacar o desenho dos personagens, todos com personalidade e dublagens muito legais, mas infelizmente apenas as falas ficaram em inglês e as legendas no nosso idioma.
Outro ponto que gostei foram as armas adicionais e seus mecanismos de utilização através do bastão da protagonista, conforme você vai avançando novas habilidades vão sendo desbloqueadas e o jogo te oferece um mecanismo de treinamento muito simples e divertido.
Em resumo, Kena é um jogo bem divertido, polido e agradável, com uma trama agradável e com personagens bem simpáticos, sendo um dos principais pontos do jogo.
Sobre os pontos negativos, não são muitos e não diminuem a excelência do trabalho do time de desenvolvimento, mas existem, tive alguns poucos bugs de tentar passar uma parede ou moita que não deveria e ficar flutuando por alguns segundos, ou pela falta de mais informações sobre história e personalidade da protagonista, adorei a Kena, mas sinto que acabei o jogo sem me aprofundar em sua história como gostaria.
Tá, eu sei, já vou responder. Vale a pena? Eu diria que vale se você for um jogador que preza por um jogo leve, personagens muito carismáticos, um mundo mágico e puzzles, agora, se você é do tipo que gosta de ação, correria, mundo aberto, porrada e bomba, acho que vale assistir umas gameplays antes de compra-lo.
Bora lá então, assista a gameplay gravada no canal Bica Na Nuca:
Kena: Bridge of Spirits
Nota Final
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Gráficos - 8/10
8/10
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Jogabilidade - 7/10
7/10
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História e Diversão - 7/10
7/10
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Áudio e Trilha Sonora - 7/10
7/10
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Engana-se quem acha que o jogo somente possui bons gráficos. Ele carrega uma complexidade ajustável e história que merecem destaque. Leve e divertido!