Após 14 anos sem um título principal, a série volta com viagem no tempo, modos multiplayer e uma remessa de novidades, mas a essência pegajosa continua a mesma.Lançado em 23 de outubro para PlayStation 5, Xbox Series X|S, Nintendo Switch e PC, Once Upon A KATAMARI vem da RENGAME e é publicado pela Bandai Namco. O jogo pega a fórmula original, rolar uma bola que agarra objetos até ficar gigantesca e a veste com cenários temporais, novos truques de design e um modo competitivo chamado KatamariBall. Nesta análise falo sobre jogabilidade, direção de arte, som, desempenho na versão PC, modos extras e onde o jogo acerta ou tropeça.
Graças a Assessoria de Imprensa da Bandai Namco podemos jogar Once Upon A KATAMARI para PC. Esta gameplay pode ser vista ao final deste artigo.
Katamari sempre foi menos sobre simulação física e mais sobre sensação: um sistema simples que produz momentos absurdos e encantadores. Depois de remasters e spin-offs, Once Upon A KATAMARI marca o primeiro grande título da série em over a uma década (um novo capítulo canônico), prometendo preservar o charme enquanto adiciona novidades pensadas para públicos modernos, sobretudo multiplayer online e personalização de personagens. A campanha de anúncio e a presença na Steam mostram que a aposta é tanto em fãs de longa data quanto em novos jogadores curiosos pelo conceito.
A espinha dorsal do jogo é familiar: você controla o Prince (ou um dos 68 cousins desbloqueáveis), movimentando a câmera e empurrando o katamari para colecionar objetos até atingir um objetivo de tamanho dentro de um limite de tempo. O que Once Upon A KATAMARI tenta e muitas vezes consegue, é renovar situações ao transportar essas mecânicas para eras históricas: períodos como a Idade do Gelo, a Grécia Antiga e o Japão feudal oferecem mutações nas regras de cada fase (objetos exclusivos, obstáculos temáticos, set pieces com física e inimigos diferentes).
As missões vão do clássico “alcance determinado diâmetro” a objetivos mais criativos: escoltar objetos, competir em corridas de tamanho com um tempo limitado, derrotar inimigos em set pieces (um navio pirata, por exemplo) e desafios que brincam com escala e perspectiva. Essas variações mantêm o ritmo fresco: mesmo que o loop central seja repetitivo por natureza, o level design usa tema e micro objetivos para justificar repetidas jogadas.
Há novidades utilitárias, como um ímã para acelerar a captura de itens pequenos e power-ups que alteram comportamento do katamari (maior aderência, impulso, entre outros). Essas adições equilibram a progressão: níveis tardios exigem microgestão e uso inteligente das ferramentas, mas raramente tiram a sensação lúdica do título.
Visualmente, o jogo honra a estética lo-fi e cartunesca da série: cores saturadas, objetos bizarros e animações com personalidade. A transposição para 3D moderno mantém o traço simplório proposital, o que é uma decisão acertada, ter gráficos “mais realistas” iria ferrar com o apelo do absurdo. Os cenários históricos são estilizados com boa harmonia: reconhecer uma era sem perder a linguagem Katamari é um ponto forte. No som, a franquia sempre foi ímpar, músicas excêntricas, gritos e efeitos que grudam na cabeça e esta nova entrada traz uma trilha que mistura temas inéditos com faixas clássicas remasterizadas. Para fãs, isso cria uma nostalgia temperada com novidades, para novatos, a OST funciona como um personagem próprio, guiando o tom do jogo. Bandai Namco inclusive oferta pacotes de músicas como DLC para quem quiser as trilhas completas.
A recomendação óbvia é jogar com controle, Katamari nasceu em consoles e a precisão analógica dos sticks é parte da experiência. A versão Steam oferece mapeamento de teclado, porém a responsividade não é tão natural quanto com um gamepad. O jogo traz opções de sensibilidade, inversão e remapeamento, ainda assim, a melhor experiência em PC será com um joystick.
A física do katamari é uma mistura de regras simples e heurísticas, em Once Upon A KATAMARI houve refinamentos para evitar que objetos menores “travem” a bola em certas colisões. Na Steam, as especificações indicadas sugerem Windows 11 e requisitos modestos para rodar em 1080p/60 fps com gráficos baixos, mas cenas com muitos objetos ou partículas podem reduzir o desempenho em GPUs fracas, algo importante para quem joga em PCs mais antigos.
Além da campanha single-player, o grande chamariz novo é o Celestial 4-Player KatamariBall, um modo competitivo onde até quatro jogadores (online ou offline contra o computador) disputam para formar o katamari mais volumoso e marcar pontos por objetivos. Esse modo adiciona uma camada esportiva ao caos: decisões rápidas, roubo de objetos e uso de power-ups criam partidas frenéticas que funcionam bem em sessões curtas. A personalização de cousins (cores, rostos, roupas) e o editor visual permitem identidade em partidas online, há também desafios diários e semanais e uma lista de troféus para quem busca completar o jogo 100%.
O jogo é acessível, com tutoriais curtos e objetivos claros no começo acomodam novatos. A curva, porém, se inclina na direção de desafios de precisão e otimização (principalmente em certas fases cronometradas e modos competitivos). Jogadores antigos vão encontrar conteúdo suficiente e novatos podem se sentir intimidados pelos objetivos de tempo, mas raramente ficam barrados por frustrações punitivas.
Once Upon A KATAMARI é uma celebração criativa do que torna Katamari especial: alegria boba, design de fases inventivo e uma trilha sonora inesquecível. A transição para multiplayer e a inclusão de novos itens deixam o jogo relevante para 2025, mesmo que não revolucione a fórmula. Recomendado para fãs da série e jogadores casuais que procuram uma experiência descontraída com personalidade.
Confira a gameplay realizada pelo canal Com Noção de Once Upon A KATAMARI abaixo:
Once Upon A KATAMARI - PC
Nota Final
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Gráficos - 9/10
9/10
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Jogabilidade - 9.5/10
9.5/10
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História e Diversão - 8.5/10
8.5/10
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Áudio e Trilha Sonora - 9/10
9/10
VOTAÇÃO POPULAR ➡️
0 (0 votes)CONSIDERAÇÕES FINAIS
Once Upon A KATAMARI é uma carta de amor à série que acerta ao modernizar sem perder o humor ácido e o charme bizarro do original. A nova roupagem histórica e o modo KatamariBall acrescentam valor, embora o jogo brilhe mais quando jogado com um controle em máquinas com desempenho adequado. Uma compra sólida para fãs e uma excelente porta de entrada para novos jogadores.




























