A Assessoria de Imprensa da 11 bit studios nos enviou uma chave para que possamos ter acesso ao jogo The Alters para PlayStation 5. Obrigado pela confiança no Nerdlicious! The Alters tem versões para PlayStation 5, Xbox Series X|S e PC via Steam e Epic Games Store. O game também está disponível para assinantes Xbox Game Pass Ultimate e Game Pass PC.
Ao final deste artigo você poderá ver a nossa gameplay do jogo e uma visão geral dele no PS5. Não deixe de conferir!
História
Jan pode ser o único sobrevivente após uma queda em um planeta distante, mas não ficará sozinho por muito tempo. Para conseguir operar a base móvel — e escapar do planeta — ele precisará criar versões alternativas de si mesmo. Esses “alters” vêm de vidas que ele nunca viveu, caminhos que nunca seguiu. São fundamentais para a sobrevivência, mas podem guardar ressentimentos, pois alguns acreditam que tiveram versões melhores da vida que ele levou.
Gráficos
Feito inteiramente em Unreal Engine 5, The Alters traz gráficos bem bonitos, com um realismo impressionante, mesmo este não sendo seu foco principal.
Os personagens estão muito bem construídos, os cenários internos da base móvel são bem detalhados e os externos, do planeta em que Jan está preso, são mais escuros, talvez seja um subterfúgio para esconder certas imperfeições, mas de qualquer modo, ajudam a trazer aquela sensação de isolamento, solidão e vastidão.
No PS5, o jogo apresenta os modos Fidelidade, que prioriza gráficos em 4K nativo com 30 FPS, e Desempenho, que oferece gráficos em 4K dinâmicos com 60 FPS. Ou seja, para o tipo de gameplay que o jogo oferece, estes dois modos não mudam muita coisa graficamente.
Na prática, mesmo após várias horas de gameplay, não vimos quedas de frames, nem outros problema de qualidade gráfica, até por que, como dito, os gráficos apesar de serem bonitos, não são tão pesados, especialmente nesta versão de console.
The Alters te faz pensar na vida
O mais importante em The Alters é sua história, que apesar de ser meio maluca, é muito bem explicada durante o jogo. Baseado na “Teoria do Caos”, o game apresenta aspectos que nos fazem pensar em pequenas ações e escolhas que tivemos durante nossa própria vida, e que nos moldaram a ser o que somos hoje.
Se você assistiu à filmes como Efeito Borboleta, sabe do que estou falando. O jogo apresenta Jan Dolski, um trabalhador comum que se tornou o único sobrevivente de uma missão espacial. Como resultado, ele tem que sobreviver e fugir deste planeta hostil, mas sozinho não dará conta. Os cientistas que lhe auxiliam de longe, o fazem testar uma nova forma de “clonagem”, utilizando uma substância chamada Rapidium e um Computador Quântico, Jan vasculha sua mente, buscando pontos chave de sua história, e traz à vida versões de si mesmo modificadas. Estas versões são o que ele se tornaria se suas escolhas nestes pontos chave de sua vida tivessem sido outras.
Afinal, quem nunca pensou como seria sua vida se ao invés de estudar X, tivesse tentado Y. Ou se ao invés de namorar Fulana, tivesse encarado uma vida com Ciclana? São alguns dos pensamentos de Jan, que ele os põe na prática ao “clonar” e “criar” versões de si mesmo.
Com o tempo, Jan se vê com várias versões incrivelmente diferentes de si mesmo, e cada um tem uma função distinta na base, ajudando-lhe a sobreviver neste planeta. Mas, como lidar com cada um deles? Ser o chefão e mandar neles sem pensar muito, ou ser mais empático e tentar os problemas que cada um tem lidando com suas escolhas diversas?
The Alters é um jogo, mas podia muito bem ser um livro de filosofia muito interessante.
Exploração é ponto chave
Outro ponto importante de The Alters é sua exploração. Para cumprir tarefas e criar dentro da base móvel, Jan tem que explorar o planeta em busca de recursos para fazer de tudo, desde criar máquinas que lhe auxiliarão no gerenciamento e criação de novas substâncias, até mesmo para cozinhar alimentos para os vários alters que ali estão.
Apesar de ser uma das partes mais importantes do jogo, é meio chato isto, afinal, a exploração não tem muitos pontos de facilidade, nem mapas explicativos, e além de tudo, cada item coletado não deixa claro para que serve. Sem falar nas telas com letras e imagens minúsculas com a relação de itens coletados, o que nos dá um certo nervoso ao tentar entender.
Outra coisa chata é que para cada item que vamos coletando, é necessário criar um novo equipamento, e para este novo equipamento é necessário coletar mais outros itens, num looping infinito de atividades. E para prejudicar ainda mais esta parte, o jogo te coloca na obrigação de respeitar efeitos de “dia/noite”, ou seja, o tempo corre através de minutos e horas, e você tem pouco tempo para chegar em cada local que vai minerar e coletar. Se você ultrapassar o tempo, pode ser atingido pela radiação e/ou seu personagem pode ficar exausto e cair morto.
Sei que é um ponto chave do jogo, mas a exploração em The Alters é meio chatinha.
Gerenciamento de recursos não é algo simples
O gerenciamento de recursos em The Alters também é algo relacionado à exploração, e se torna algo angustiante. Principalmente quando se tem um certo número de alters na base e todos eles tem necessidades específicas.
Imagine que você precisa sair ao planeta para coletar Rapidium, afim de criar uma máquina que lhe ajudará a sair daquele ponto do planeta que está prestes e se tornar inabitável, porém, ao mesmo tempo, vários de seus alters lhe pedem recursos bem “idiotas”. Infelizmente, estes alters acabam se tornando prioridades, afinal, a felicidade deles também conta para o bom andamento da base, então, os recursos principais para sua sobrevivência ficam para depois.
Gerenciar em The Alters não é uma tarefa fácil. No PC talvez seja mais fácil controlar tudo, com mouse e teclado, mas no console é terrível gerenciar tudo isso, especialmente controlar as tarefas de cada alter na base.
Está em português?
Felizmente The Alters está com menus e legendas em português. Apesar de não ter uma dublagem em nossa língua, é fácil o entendimento do jogo.
É bom ou ruim?
The Alters é um jogo mais adulto, afinal, nós que já vivemos um pouco mais é que pensamos nas escolhas de nossa vida, e por isso somos atingidos em cheio com a complexa história dele. A gameplay é até certo ponto divertida, mas é seu roteiro o ponto chave dele.
Na PS Store, The Alters chega com um ótimo preço, a partir de R$ 187,90, e boas horas de jogo. Se você curte jogos com história e gameplays mais complexas e que te fazem pensar, ele é perfeito!
Bom… agora veja nossa gameplay abaixo e não se esqueça de se inscrever em nosso canal no Youtube!
The Alters - PlayStation 5
Nota Final
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Gráficos - 9/10
9/10
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Jogabilidade - 7.5/10
7.5/10
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História e Diversão - 8/10
8/10
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Áudio e Trilha Sonora - 7.5/10
7.5/10
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The Alters é um jogo, mas podia muito bem ser um livro de filosofia muito interessante.