Date Everything!: um simulador de encontros (com a sua geladeira)

Date Everything! não é um jogo comum e nem tenta ser. Ele é estranho, duvidoso, divertido e, de algum jeito, encantador. Lançado em 17 de junho de 2025 pela Team17 e desenvolvido pela Sassy Chap Games, o jogo te dá um par de óculos mágicos (os “Dateviators”) que revelam a alma de absolutamente tudo à sua volta. Resultado? Você pode interagir, flertar, discutir ou até se apaixonar por… objetos da sua casa? Isso mesmo. Um abajur dramático, uma privada que só fala merda, o mofo da parede…

Date Everything! já está disponível para PC, Nintendo Switch, PlayStation 5 e Xbox Series X|S.

Graças a Assessoria de Imprensa da Team17 podemos jogar Date Everything! na versão para PC. Esta gameplay pode ser vista ao final deste artigo.

Primeiras impressões: curiosidade genuína

Logo de cara, Date Everything! já te olha no fundo da alma e pergunta: “qual objeto você gostaria de namorar hoje?”. E por mais absurda que a pergunta pareça, a curiosidade te pega no pulo. O visual cartunesco, a dublagem exageradamente carismática e a variedade insana de personagens deixam claro que o jogo não tá aqui pra te convencer de nada, ele só quer que você mergulhe de cabeça na bizarrice.

Jogabilidade: scanner do amor

A mecânica central gira em torno do uso dos Dateviators, que escaneiam objetos e desbloqueiam suas versões “vivinhas da silva”. A partir daí, você pode escolher entre três tipos de interação: amor, amizade ou ódio. Cada personagem tem uma rota com falas dubladas, personalidade própria e uma pequena história, algumas profundas, outras só puro meme. A progressão se baseia em conquistar SPECS (Smarts, Poise, Empathy, Charm e Sass), o que dá um ar de RPG improvisado à coisa toda.

Som e vozes: show à parte

Aqui é onde o jogo brilha. Date Everything! tem um dos elencos mais diversos e expressivos que já vi em um jogo indie. As vozes são engraçadas, bem dirigidas e cheias de nuances, do jeito que o jogo pede.

Visual: colorido, estilizado e nonsense

O estilo visual mistura design 3D simples com personagens 2D “recortados” que flutuam no cenário, o que combina perfeitamente com a proposta nonsense. A casa em si tem um layout gostoso de explorar, e os objetos têm designs distintos e criativos.

Idioma e acessibilidade

Infelizmente, Date Everything! ainda não tem tradução nem legenda em português, o que pode ser um ponto negativo pra quem não é fluente em inglês, principalmente porque os diálogos são o coração da experiência.

Por outro lado, a interface é bem simples, e dá pra se virar com o básico se você quiser explorar na curiosidade mesmo. Mas seria lindo ver isso aqui traduzido pra mais idiomas futuramente.

Requisitos e performance

No PC, o jogo roda super de boa, nada muito exigente. Agora, sobre o Nintendo Switch, eu li em alguns sites e fóruns que a versão tá passando por uns perrengues: bugs em diálogos, travamentos esporádicos e lentidão nos menus.

Não testei no Switch, mas fica o alerta pra quem pretende jogar por lá: talvez a experiência não seja tão fluida quanto no computador.

Pontos positivos

✔ Ideia absurdamente legal;
✔ Dublagem excelente e elenco carismático;
✔ Liberdade pra explorar rotas bizarras ou fofinhas.

Pontos negativos

✘ Bugs na versão de Switch;
✘ Falta de tradução pra PT-BR;
✘ Pode ser repetitivo depois de muitas rotas seguidas.

Pra quem é esse jogo?

Se você ama jogos indies que pensam fora da caixa, ri com absurdos e não leva o romance tão a sério assim… Date Everything! é pra você!

Veredito final

Date Everything! é um jogo que transforma o estranho em arte. Ele não quer ser profundo o tempo todo, mas às vezes tropeça em sentimentos reais no meio do absurdo. É uma carta de amor aos jogos que ousam ser estranhos, então se você topar esse date com o inesperado, cuidado, pode acabar se apaixonando por uma mesa de centro.

Quer saber mais sobre o jogo, assista a gameplay feita pela Letícia Monares!