StarVaders é criativo, tenso e visualmente envolvente

StarVaders já movimenta a comunidade gamer com promessas ambiciosas e uma proposta que mistura estratégia por turnos com construção de baralho em plena guerra intergaláctica. Desenvolvido pelo estúdio independente Pengonauts e distribuído em parceria pelas empresas Joystick Ventures e Playworks, o foi lançado no dia 30 de abril para PC via Steam e Epic Games.

 

 

Graças a Assessoria de Imprensa da Joystick Ventures podemos jogar StarVaders para PC. Esta gameplay pode ser vista ao final deste artigo.

 

O jogo de estratégia por turnos com construção de baralho ambientado em um universo sci-fi em expansão. O jogador lidera uma frota interestelar em confrontos táticos, onde cada decisão e cada carta pode virar o jogo. Situado em um futuro onde civilizações espaciais disputam território e recursos em galáxias distantes, StarVaders coloca o jogador no papel de comandante de uma frota interestelar. A diferença aqui é o modo como os combates acontecem tudo gira em torno de um sistema tático baseado em cartas, com mais de 400 opções colecionáveis.

 

 

Cada carta representa uma ação, seja um ataque com laser orbital, um escudo de energia, ou um sabotador alienígena infiltrado na nave inimiga. A variedade é tamanha que cada partida pode se desenrolar de maneira única, desafiando o jogador a pensar como estrategista e construtor de decks ao mesmo tempo.

 

A alma de StarVaders está em seu sistema de combate por cartas em turnos, que mistura o ritmo metódico de jogos como XCOM com a flexibilidade criativa de Slay the Spire. Montar seu baralho é como montar sua tropa cada carta, uma decisão, um risco, uma possível virada. A variedade impressiona, cartas de sabotagem, ataques orbitais, engenharia de naves, infiltração e habilidades únicas de cada facção constroem um ecossistema tático robusto. E o mais surpreendente: mesmo com tantas opções, o jogo raramente se torna excessivamente confuso. Mérito do design elegante e da curva de aprendizado bem ajustada.

 

 

Visualmente, StarVaders não busca o realismo, mas sim a identidade. Com uma estética que remete a interfaces de navegação estelar, hologramas e mapas galácticos animados, o jogo acerta em cheio na atmosfera. A trilha sonora, orquestrada em tons misteriosos e épicos, acompanha com competência ainda que por vezes desapareça entre os efeitos sonoros exagerados. A narrativa, embora interessante em conceito com facções disputando o controle político, econômico e ideológico de sistemas estelares, acaba sendo o ponto mais frágil do conjunto. Falta carisma nos personagens, e o impacto das escolhas narrativas é menos profundo do que se esperava.

 

O modo multiplayer é funcional e competitivo, embora ainda limitado. Faltam modos cooperativos ou formatos alternativos além do clássico 1×1. A base está lá, sólida, mas o jogo dependerá de atualizações rápidas e de uma comunidade engajada para manter o fôlego nos próximos meses.

 

 

Segundo a Pengonauts, o jogo contará com três modos principais no lançamento: uma campanha solo com múltiplos finais, partidas online competitivas com ranking global e um modo de Conquista Galáctica onde os jogadores disputam domínio por sistemas estelares inteiros.

 

A desenvolvedora promete também uma IA adaptativa, que estuda o estilo do jogador e reage de forma dinâmica a cada rodada, aumentando a complexidade do jogo conforme o usuário evolui.

 

 

Com uma identidade visual que aposta em designs limpos e traços estilizados, StarVaders adota uma estética moderna que remete a painéis de controle de naves e mapas estelares holográficos. As animações das cartas em combate dão vida às batalhas, enquanto a trilha sonora orquestrada ajuda a mergulhar o jogador no clima espacial cinematográfico.

 

Apesar das boas impressões iniciais, o grande desafio de StarVaders será manter o equilíbrio entre tantas cartas e facções. Lançamentos desse porte costumam exigir atualizações rápidas para ajustes de balanceamento e estabilidade nos servidores de multiplayer. Nem tudo brilha como supernova. A quantidade absurda de cartas, apesar de impressionante, traz o risco do desequilíbrio e esse risco se confirma em algumas partidas onde combos se tornam claramente dominantes. A ausência de um sistema de matchmaking mais justo também pode afastar novatos rapidamente.

 

 

Outro ponto de atenção será a forma de monetização. Embora a Pengonauts tenha declarado que o jogo não será “pay to win”, ainda não está claro como funcionará a liberação de cartas ou pacotes extras. StarVaders é um título que mira alto e, apesar de alguns tropeços, acerta mais do que erra. É criativo, tenso e visualmente envolvente. Com o suporte certo e ajustes, pode se tornar uma referência no gênero. No estado atual, é uma recomendação segura para quem busca estratégia densa, rejogabilidade e estética sci-fi de primeira.

 

Confira a gameplay realizada pelo canal Com Noção dos três jogos de StarVaders abaixo:

 

 

 

StarVaders - PC
Nota Final
8.5/10
8.5/10
  • Gráficos - 9/10
    9/10
  • Jogabilidade - 8/10
    8/10
  • História e Diversão - 8/10
    8/10
  • Áudio e Trilha Sonora - 9/10
    9/10
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Um épico de cartas e cosmos que quase atinge o status de clássico. Falta polimento em áreas-chave, mas a fundação está entre as mais criativas da temporada. Com um universo vasto, mecânicas inovadoras e um apelo visual forte, StarVaders entra no radar como uma das maiores apostas do ano no gênero de estratégia. Se cumprir o que promete, pode ser o início de uma nova franquia intergaláctica.

 

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Leo Lopes

Sou formado em jornalismo e fotógrafo na horas vagas. Criador de conteúdo no canal Com Noção no YouTube e parceiro oficial do jogo PUBG Lite. Um amante incondicional de retrogames, principalmente do saudoso Mega Drive.