Unknown 9: Awakening não é fantástico, mas agrada principalmente amantes da furtividade

A Assessoria de Imprensa da Bandai Namco nos enviou uma chave para que possamos ter acesso ao jogo Unknown 9: Awakening para PlayStation 5. Obrigado pela confiança no Nerdlicious! Unknown 9: Awakening já está disponível para PlayStation 5, PlayStation 4, Xbox Series X|S, Xbox One e PC via Steam nas edições Standard e Deluxe!

Ao final deste artigo você poderá ver a nossa gameplay do jogo e uma visão geral dele no PS5. Não deixe de conferir!

História

Desenvolvido pela Reflector Entertainment, o jogo leva os jogadores a uma aventura ao redor do mundo durante o século XX, onde eles embarcam em uma jornada sobrenatural para proteger os maiores segredos da humanidade, evitando que caiam nas mãos erradas.

Unknown 9: Awakening é um jogo de ação e aventura em terceira pessoa, com narrativa, que acompanha a história de Haroona, uma Quaestor nascida com a capacidade de se aventurar no Umbral: uma dimensão misteriosa que se sobrepõe à nossa, interpretada por Anya Chalotra (The Witcher).

Em sua busca por um poderoso conhecimento oculto, ela aprenderá a dominar sua conexão única com o Umbral, o que lhe permite canalizar seus poderes para o nosso mundo. Mas esse poder não passa despercebido. Haroona rapidamente se torna alvo dos Ascendentes, uma organização secreta conhecida como Sociedade do Ano Bissexto, que quer usar o Umbral para alterar o curso da história humana.

Gráficos

É complicado começar justo pelo que menos gostamos, mas achei melhor fazer isto para depois dar as boas notícias.

Não que os gráficos de Unknown 9: Awakening sejam ruim, pelo contrário, utilizando a Unreal Engine a Reflector parece ter feito um bom trabalho, isso se não estivéssemos falando dos novos consoles (em nosso caso, testamos no PS5).

O jogo tem cenários bonitos, inspirados numa Índia dos anos 30, o que torna cada pedacinho de construção, iluminação e objetos algo clássico, porém, visualmente falando, parece que estamos ainda em um jogo do PS4, mesmo estando no PS5. A Reflector não me parece ter caprichado no jogo para que ele pudesse obter todo o poder dos novos consoles, ficando apenas no básico, o que faz com que tenhamos a impressão de que se trata de um bom game de uns cinco anos atrás.

Também e por conta deste problema no desenvolvimento, vemos personagens mal construídos neste sentido, com até mesmo a nossa protagonista nos dando aquela sensação de que poderia estar melhor.

As cutscenes são bem interessantes, mas me lembram visualmente as feitas em Hogwarts Legacy (pois utiliza luzes e iluminações parecidas) rodando no PlayStation 4 (que eu já testei nele).

Enfim, seja no PS4 ou no PS5, você não verá muitas diferenças visuais jogando Unknown 9: Awakening.

Roteiro digno de filme

Unknown 9: Awakening nos traz uma história e uma ambientação bem diferente. Além de nos levar à Índia dos anos 30, usa como temática muito do espiritismo e seus nuances.

A história tem muita conexão com a religião espírita e suas crenças, o que não só atrai o público interessado neste assunto, mas também aborda algo diferente que a maioria dos gamers já viram, levando este tema à uma aventura incrível.

O roteiro do jogo facilmente poderia virar filme, e no caso, talvez vire mesmo, afinal Unknown 9: Awakening é a principal porta de entrada para o universo narrativo mais amplo de UNKNOWN 9, que inclui uma série de aventuras interconectadas contadas em histórias em quadrinhos, podcasts, romances, entre outros. Nele, os jogadores poderão ampliar sua experiência com Unknown 9: Awakening ao descobrirem enredos, crossovers, referências, segredos e muito mais.

Jogabilidade

Aqui temos algo bem interessante, afinal, curti muito as habilidades da personagem.

Para começar, o jogo apesar de ser de ação, pode ser facilmente jogado de modo furtivo quase que o tempo todo, o que me agrada. Em vários momentos, podemos utilizar as habilidades furtivas de Haroona, como utilizamos objetos do ambiente (como bombas, equipamentos eletrônicos, etc..) para destruir ou chamar a atenção dos inimigos e depois chegar por trás deles e sufocá-los, ou até mesmo possuir o corpo de um deles para lutar contra os outros, assim, se mantendo no anonimato em seu esconderijo.

Além disso, Haroona pode se esquivar de balas, proteger ataques, arremessar energia Úmbrica e criar combinações criativas de combate para conter vários adversários enquanto luta para vingar sua mentora morta. Dominar os poderes úmbricos de Haroona será a chave em sua luta contra os Ascendentes para salvar toda a humanidade.

Claro que se desejar, você pode partir para as lutas corpo a corpo, mas não recomendo, pelo menos no início do jogo, afinal, a árvore de habilidades da personagem poderá lhe favorecer com as formas furtivas mais a frente, lhe dando opções até de invisibilidade.

Trilha Sonora e Áudios

A trilha sonora é bastante eficaz em trazer a clássica Índia dos anos 30 para o jogo, e moldando nossa forma de jogar conforme avançamos na história, nos mostrando a hora certa de ter mais tranquilidade ou ficar mais atento para o que virá a frente.

Os sons ambientes do jogo também estão bons, inclusive durante cenas de ação e furtividade, porém, me incomodou um pouco a falta de sincronismo nos diálogos, quando os lábios dos personagens não se encontravam com a dublagem do jogo.

Está em português?

Outro problema que vemos em Unknown 9: Awakening é o fato de não ter uma dublagem em português, o que poderia atrair muito mais jogadores interessados.

Por outro lado, o jogo está com menus e legendas em nossa língua, o que facilita um pouco.

É bom ou ruim?

Unknown 9: Awakening não é um jogo fantástico, mas vale a pena ser jogado. Parece um game visualmente datado, o que pode prejudicar as vendas numa época com tantos jogos bons de ação.

Porém, caso se interesse em jogos que utilizem de forma legal a furtividade e um tema tão diferente quanto o espiritismo, vale a pena adquiri-lo.

Bom… agora veja nossa gameplay abaixo e não se esqueça de se inscrever em nosso canal no Youtube!