Análise da 2º Temporada da série animada Recursos Humanos, disponível na Netflix

Estreou na Netflix no dia 9 de junho, a 2º Temporada da série animada adulta Recursos Humanos. Derivada de Big Mouth, outra série de sucesso da plataforma de streaming, RH traz de volta personagens já conhecidos e acrescenta novos para apresentar uma espécie de “The Office de Big Mouth”, como os próprios monstros se descrevem no primeiro episódio. Após receber boas críticas em sua temporada de estreia, a continuação não foi tão bem assim, afinal, mudanças drásticas deixaram a série… chata!

Começando do começo… Big Mouth é uma série adulta animada americana sobre amadurecimento, mostrando personagens crianças, quase adolescentes, lidando com os problemas da puberdade. A série foi criada por Andrew Goldberg, Nick Kroll, Mark Levin e Jennifer Flackett para a Netflix. Já Recursos Humanos é uma spin-off onde o foco principal é justamente os monstros hormonais e como seu “trabalho” pode ser desgastante ou até mesmo engraçado em algumas situações. Na série vemos o cotidiano desses monstros ajudando humanos desde a puberdade até a velhice, mas no final do dia eles tem que voltar ao escritório para escrever relatórios. Doido né?

A série apresenta dois novos monstros: Petra, o Gremlin da Ambição (Rosie Perez) e Keith do Luto (Henry Winkler). Eles se juntarão aos outros monstros que já conhecemos: Mona, a Monstro Hormonal (Thandiwe Newton), Simon Sex (Jemaine Clement), Tito, o Mosquito da Ansiedade (Maria Bamford) e Gavin, o Monstro Hormonal (Bobby Cannavale). Além deles, outros rostos conhecidos da série original também devem aparecer, tais como Maury, o Monstro Hormonal (Nick Kroll), Connie, a Monstro Hormonal (Maya Rudolph), Emmy, o Inseto do Amor (Aidy Bryant), Pete, a Pedra da Lógica (Randall Park), Rochelle, a Inseto do Amor (Keke Palmer), Walter o Inseto do Amor (Brandon Kyle Goodman), o Mago da Vergonha (David Thewlis) e Sonya, a Inseto do Amor (Pamela Adlon). A produção foi cocriada e produzida por Kelly Galuska, Nick Kroll, Andrew Goldberg, Jennifer Flackett e Mark Levin para a Netflix.

Como fã da série Big Mouth e após ter adorado a 1º Temporada de Recursos Humanos, fiquei sem entender o viés que os roteiristas tentaram enfiar goela abaixo dos espectadores. O universos destas séries sempre foi algo voltado para o “politicamente incorreto”, mas resolveu DU NADA! enfiar pautas como “linguagem neutra”. Como assim?!

Eu até entendo que a série mostra de forma engraçada algumas situações que vivemos hoje, em 2023, e respeito isso, mas meu ponto principal são os personagens, em especial o Morty, que resolveu utilizar sem parar a “linguagem neutra” na série, saindo daquele cara mais sem noção da série, para o mais chatão. Coitado do dublador que teve que utilizar esta aberração linguística. Eeee Netflix…. sempre “netflixzando” nossas séries e filmes favoritos… tsc…tsc…tsc…

Voltando ao conteúdo desta nova temporada, o mote foi a luta que temos internamente entre o ódio e o amor. Situações ruins quase sempre nos levam a ir para o perigoso caminho do ódio e da indiferença, porém, aquele “besouro do amor” sempre está lá, cutucando-nos para ceder ao “bem”, e nos tornarmos superiores aos problemas que nos afligem. Acredito que esta segunda temporada trouxe bons argumentos para seguirmos o “caminho do amor”, e conseguiu isso apesar do trancos, barrancos e os momentos chatos que tiraram toda a graça da série.

Há boatos de que Recursos Humanos não volta para uma 3º Temporada, e após esta catastrófica temporada, eu não duvido não…

A 2º Temporada da série animada Recursos Humanos está disponível na plataforma de streaming da Netflix. Confira o trailer abaixo: