Análise de Dead Space Remake, um jogo quase novo!

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Dead Space Remake foi desenvolvido pela Motive Studio e distribuído pela Electronic Arts, e lançado em 27 de janeiro de 2023 para PlayStation 5, Xbox Series X|S e PC via Steam e Epic Games.

 

 

Graças a Assessoria de Imprensa da EA Brasil podemos jogar Dead Space para PC. Esta gameplay pode ser vista ao final deste artigo.

 

Dead Space foi lançado originalmente em 2008 para PlayStation 3, Xbox 360 e PC, mas na versão remake tem algumas novidades. Ambientado em uma estação espacial afetada por uma praga bizarra, o jogo misturou com maestria o que Resident Evil 4 havia conquistado quatro anos antes com uma modificação completa das regras de combate com criaturas grotescas, e o título se tornou um verdadeiro clássico. Com duas sequências que não conquistaram tanto o público e que também abandonaram aos poucos o horror da série, Dead Space acabou ficando adormecido por muito tempo até que a EA anunciou um remake do primeiro título, que gerou um tipo diferente de medo nos jogadores: que eles arruinassem um título que ainda era discretamente funcional.

 

 

Qualquer um que jogou o original se sentirá em casa no remake de Dead Space. Embora as tecnologias usadas no jogo tenham sido modificadas e atualizadas, e o jogo reconstruído do zero, o ambiente da estação espacial USG Ishimura permanece familiar, mas agora incrivelmente detalhado, o que vai longe com a vibe do título. Jogando o remake no PC com a resolução Full HD no alto, o impacto comparando o novo título com o original é bem absurdo, a começar pelo modelo do protagonista, Isaac, que tem a icônica roupa de engenheiro espacial agora bem mais detalhada, fazendo com que o original pareça uma versão feita de papelão.

 

A iluminação também é excelente, mesmo jogando sem o Ray Tracing ativo. Fiquei sobretudo maravilhado com uma das coisas mais simples do título como a luz dos menus, emitida pelas roupas de Isaac, serve para iluminar ligeiramente os locais onde a personagem se encontra. É um detalhe bobo, mas mostra a qualidade técnica do jogo. Porém, a beleza do jogo não está presente apenas em bons lugares para se ver. Vocês necromorfos, inimigos icônicos da série, agora estão bem mais grotescos, com todas as partes do corpo tendo detalhes como ossos perfurando a pele, tecidos necróticos ou inflamações que incomodam olhar para eles, cooperando com a sensação de desconforto que um bom jogo de terror deve causar.

 

 

A melhoria gráfica é impressionante, sim, mas a realidade é que não é a única forma como o remake de Dead Space melhora o original: a jogabilidade, que estava longe de ser ruim, consegue beirar a perfeição no novo. Em geral, o call gun play (termo usado para definir a interação do jogador com armas e contra inimigos) é semelhante ao original, com as regras de combate contra necromorfos idênticas às originais: mirar nos membros das criaturas, não na cabeça – que devem ser pisados ​​quando estão imóveis – e as pequenas variações dependendo da classe do monstro, como freeze ou similares, também estão presentes.

 

O que mudou, e muito, é a interação do jogador com o USG Ishimura. No original, a estação espacial era extremamente linear, sendo os momentos em que ela estava mais aberta sendo aqueles compostos pela sequência de gravidade zero, muito mais por uma limitação da própria mecânica do que pelo desenho da fase. Agora no remake, embora todos os lugares tenham familiaridade em relação ao original, eles são expandidos, permitindo mais exploração; além disso, a exploração das regiões da estação espacial não se limita apenas à área de foco do capítulo em que o jogador se encontra, sendo que Isaac pode utilizar as estações de transporte para retornar a locais previamente visitados, algo completamente inexistente em o original.

 

Isso cria uma certa dinâmica de pensar que, ao obter novos itens, é possível abrir novos caminhos, tal qual um metroidvania. Sinceramente, isso é muito mais para segredos de jogo, com o desenvolvimento da trama seguindo praticamente 1:1 o que tínhamos no original, mas não deixa de ser um bom complemento para os fãs, dispensando a necessidade de uma segunda campanha para encontrar colecionáveis, por exemplo.

 

No entanto, a mudança mais importante e positiva no jogo está nas sessões de gravidade zero. Esqueça a frustrante progressão em linha reta do original, Isaac agora pode ser totalmente controlado durante essas sequências, eliminando a insatisfação e tornando a experiência geral do jogo mais memorável, sem comentários destacando as partes que, no título de 2008, eram comentadas. comum em todas as críticas como momentos horríveis. Mas as melhorias não se esgotam na jogabilidade: é incrível o que o remake de Dead Space consegue fazer com a história da primeira aventura da franquia com o simples acréscimo de fala para Isaac. Agora, o engenheiro reage aos momentos chocantes que acontecem ao seu redor, e isso ajuda muito a vender ao jogador a tensão de explorar o USG Ishimura.

 

 

Além disso, a jornada de Isaac para encontrar sua esposa, Nicole, ganha mais destaque, com uma missão opcional totalmente focada nos experimentos e pesquisas que o cientista estava fazendo antes do surto de necromorfos começar na estação espacial, fazendo o famoso final do jogo. mais justificável, com um fundo mais palpável.

Confira a gameplay realizada pelo canal Com Noção do jogo Dead Space abaixo:

 

Dead Space remake - PC
Nota Final
9.1/10
9.1/10
  • Gráficos - 8.5/10
    8.5/10
  • Jogabilidade - 9/10
    9/10
  • História e Diversão - 9.5/10
    9.5/10
  • Áudio e Trilha Sonora - 9.5/10
    9.5/10
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O remake de Dead Space é um dos primeiros grandes jogos de 2023 e merece esse título. É incrível como todos os meus medos iniciais com ele foram perdidos em pouco mais de uma hora. A campanha segue o padrão de 12 horas do original, mas garanto que foi uma das mais divertidas que tive esse ano até agora. É uma experiência fantástica e recomendada, mesmo para quem não é fã de jogos de terror, pois a ação do título pode deixar as pessoas assustadas, mas ainda engajadas. Se tiver uma chance, jogue!