Analisamos o infernal Rising Hell. Confira!

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Já falei de jogos que trás a temática do inferno como Hell Architect, que é uma espécie de The Sims, mas no inferno. Agora um jogo no estilo roguelike com a temática do inferno, isto é algo que me surpreendeu muito, pois tem uma mecânica fácil (pois não tem um mini tutorial de como fazer os golpes e escaladas, mas nem precisa), que dá para jogar com o teclado ou com o joystick.

 

 

Rising Hell, para poder escapar do inferno, um trio de guerreiros vai precisar desbravar uma torre em constante mudança infestada de armadilhas e monstros. Vale ressaltar que não há uma sequência nas telas, pois é bem aleatório e o jogador tem que escolher a tela seguinte. O título indie conta com estágios verticais com muitos saltos e mecânicas simples de combate que criam uma experiência arcade acelerada. Cenários infernais, trilha sonora heavy metal e vários modos complementam a experiência.

 

Cada um dos guerreiros tem um estilo de jogo diferente. Arok (o personagem com que mais joguei) usa garras imensas em sequências de ataques a curta distância, já Zelos acerta inimigos de longe com tiros e é bastante ágil e Sydna lança bombas explosivas poderosas, porém sua defesa é baixa. Pelo caminho, é possível obter armas especiais de uso temporário e comprar vários artefatos com habilidades que alteram as características dos personagens.

 

Rising Hell é um roguelike bem tradicional, ou seja, ao morrer perdemos todos os itens obtidos e precisamos recomeçar a jornada desde o início. Além disso, a seleção de fase é aleatória (como já citei), fazendo com que cada partida seja distinta. Novos itens e artefatos são desbloqueados aos poucos conforme exploramos o universo do jogo, sendo que alguns deles precisam ser comprados com Praga, uma moeda que persiste entre as partidas.

 

Conceitos simples e mecânicas ágeis tornam Rising Hell empolgante e divertido. Controlar os personagens é intuitivo, afinal há um botão para ataque e outro para pulo e o Rompe-Inferno é executado automaticamente ao saltar sobre os inimigos. O ritmo é acelerado e é fácil conseguir montar grandes combos aéreos ao derrotar monstros em sequência, foram várias as vezes em que escalei os cenários rapidamente com saltos e golpes bem dosados. Os artefatos com habilidades trazem mais uma camada de complexidade com seus efeitos diversos, mas a maioria deles só fortalece características dos personagens como força ou vida.

 

 

Para os amantes de retrogames (como eu) o jogo tem o gráfico todo em 16 bits e vai trazer de volta a nostalgia dos games como Super Nintendo e Mega Drive. Confesso que este jogo saísse para um destes consoles, com certeza eu compraria um cartucho.

 

Mas voltando a analise do jogo, objetivo é escalar os estágios verticais, no entanto pelo caminho aparecem alguns desafios diferentes. Em um túnel, precisamos usar o Rompe-Inferno com cuidado para subir, pois há poucas plataformas. Em um jardim, é necessário matar rapidamente plantas venenosas para não ser intoxicado. Já em uma prisão, serras fatais sobem pela tela, nos forçando a avançar com velocidade. Há algumas rotas alternativas pelas partidas e o equilíbrio entre momentos de combate e plataforma é ótimo.

 

As mecânicas são simples e a pegada é mais arcade, no entanto há estratégia no jogo. Os estágios são estreitos e repletos de armadilhas e inimigos, logo precisamos saber quando atacar e esquivar, e movimentação constante é essencial para sobreviver. O Rompe-Inferno, em especial, é poderoso e fácil de executar, porém seu uso impensado pode lançar o herói em direção a espinhos ou ataques de monstros.

 

Atenção e destreza são características essenciais, pois a dificuldade é alta e as oportunidades de recuperar a vida são reduzidas. Isso é ainda mais importante nas batalhas contra os chefes, que têm um ritmo mais lento e são mais estratégicas: precisamos observar seus padrões de ataque para agir no momento certo. Nas minhas várias partidas, perdi as contas de quantas vezes morri por ser afobado ou por ser impulsivo, mas a curta duração das tentativas ameniza a frustração.

 

O modo campanha conta com três áreas, e dificuldades adicionais são liberadas conforme terminamos as partidas. Fora isso, o jogo conta com uma modalidade com missões específicas, como terminar um estágio correndo contra o tempo ou atravessar fases complicadas sem levar dano. Gostei bastante de explorar esses desafios adicionais, pois suas condições nos forçam a explorar as habilidades dos personagens de outras maneiras. Há também um desafio semanal com placares online para quem gosta de competir.

O jogo está disponível para PC na Steam, Nintendo Switch, Playstation 4 e Xbox One.

Confira a gameplay realizada pelo canal Com Noção do jogo Rising Hell abaixo:

 

 

Rising Hell
Nota Final
10/10
10/10
  • Gráficos - 10/10
    10/10
  • Jogabilidade - 10/10
    10/10
  • História e Diversão - 10/10
    10/10
  • Áudio e Trilha Sonora - 10/10
    10/10
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como falei, o jogo trás a nostalgia dos jogos clássicos da era 16 bits, apesar da mecânica simples, Rising Hell é um jogo complexo, que a gameplay é toda na vertical. Uma combinação perfeita do estilo roguelike, trazendo a boa e velha jogatina dos anos 90 e ainda implementando o modo campanha para quem gosta de uma competição online.