Quando comecei a jogar e gravar a gameplay de Pumpkin Jack no meu PlayStation 5 fiquei me perguntando de onde eu conhecia o jogo ou se eu já o havia visto antes, concluí que sim, vi alguns vídeos no começo do ano durante a fase de lançamento para outros consoles e consequentemente essa era a razão do meu sentimento de familiaridade com o jogo, porém, foi ao contar um amigo que escreveria uma crítica sobre esse jogo que minha mente explodiu quando ele me questionou se eu falava do jogo que parecia ser um novo MediEvil!
Pronto, foi o suficiente para que eu ligasse os pontos, Pumpkin Jack traz elementos muito parecidos com o antigo clássico do final dos anos 90 e início dos anos 2000 para PlayStation, principalmente a jogabilidade com puzzles bem feitos distribuídos em belas, divertidas e bem construídas fases e um protagonista bem peculiar.
Logo em seguida fui procurar ler mais sobre o jogo, comportamento que faço sempre antes de escrever uma análise porque como todo bom livre, o jogo tem uma história, não é só um código escrito por um desenvolvedor, ele nasce, é pensado, desenvolvido e carrega consigo a bagagem de quem o desenvolveu.
Pronto, minha cabeça, que não é de abóbora como a do protagonista, explodiu de novo, pasmem com o que vocês lerão a seguir, Pumpkin Jack foi desenvolvido por apenas uma pessoa: Nicolas Meyssonier, imagino que tenham ficado tão surpresos como eu.
A surpresa e agora transformada em admiração cresceram após ter o jogo em mãos, isso porque, agora entrando na análise do jogo, fiquei surpreso pela qualidade final do produto, não encontrei bugs severos, me diverti com a jogabilidade, puzzles, história, diálogos e principalmente a personalidade do protagonista que ao meu ver é a cereja do bolo, tem uma personalidade ímpar, é sarcástico, meio malandro e destemido no ponto certo, um anti-herói dos bons.
Afinal, porque virei fã do Nicolas? Simples, por que o jogo é um livro escrito por ele e que consequentemente leva seu estilo, personalidade e gosto por jogos, trata-se de um jogo divertidíssimo, desde o enredo até a jogabilidade, daqueles que você se diverte jogando por horas, te prende pelos bons diálogos e pelo ritmo que ele impõe, hora pulando obstáculos, hora lutando e hora correndo de um celeiro em chamas pulando por plataformas desesperadamente para escapar.
Mas agora respondendo ao meu amigo, digo que ele parece sim e que provavelmente serviu de inspiração, mas não acho justa a comparação simples já que o jogo traz elementos próprios e tem personalidade, ou seja, está longe de ser uma cópia de MediEvil, está mais para “inspirado em”.
Falando agora sobre o jogo, lembrando que estamos falando da versão lançada para PlayStation 5, ele tem uma jogabilidade simples e que me agradou, pulo duplo, ataque e ataque à distancia com um corvo medroso muito engraçado como se fosse uma arma. Este tipo de jogabilidade me agrada dentro da proposta do estilo aventura, deixa você livre para prestar atenção nos ótimos diálogos que o jogo te oferece dando a oportunidade de se conectar com o protagonista Jack, detentor de um sarcasmo muito bem feito e o anti-herói que vai cair no gosto da maioria dos jogadores, e claro, totalmente legendado para o nosso idioma.
Temos também puzzles, muitos puzzles com complexidade moderada, não são complexos demais, mas não são simples ao ponto de não precisar de um pouco de atenção, gostei também da dinâmica de que em alguns você precisa se separar do corpo para executa-los, dá uma pitada de bom humor necessária para manter a leveza do jogo.
Humor, não posso deixar de falar dele, todos os diálogos do jogo têm uma pitada perfeita de humor, desde o começo onde você conhece o corvo que te acompanhará até nas falas com os chefões de cada fase, sempre há uma provocação, sarcasmos ou piadas na medida certa, me agradou depois esse quesito dentro do jogo, demonstra preocupação com o enredo e cria uma personalidade própria que vai marcar a maioria dos jogadores que se atentarem aos diálogos.
Os gráficos são bem feitos e atendem a proposta de um jogo de aventura, se olhar pelo contexto de que foi desenvolvido por uma pessoa, diria que ele merece um prêmio, não achei bugs críticos durante as horas que joguei, com exceção de entrar em um rolo de feno ou telhado que não deveria ou telhado, mas nada que atrapalhe a jogabilidade ou gerasse insatisfação.
Outro grande fator de sucesso são as recompensas conectadas aos colecionáveis, sim, conforme você avança alguns colecionáveis como uma cabeça de corvo ficam escondidas pelo mapa e coleta-las te fará desbloquear algumas skins para o protagonista, muito bem feitas por sinal, fazendo com que você queira vasculhar a área antes de avançar.
Falando em recompensas não posso deixar de falar das armas que você ganha ao avançar na história elas são responsáveis por deixar o progresso mais divertido e o jogador ter a necessidade de avançar, renovando a jogabilidade já que cada uma delas é específica e te dará outra perspectiva de estilo nas batalhas, deixando a cargo do jogador escolher qual mais lhe agrada.
Como joguei no PlayStation 5, vale dizer que há sim a utilização da vibração do DualSense durante o jogo, mas nada que seja diferente de uma vibração encontrada em um DualShock, por exemplo, acho que neste ponto o jogo entrega o que já havia entregue em seu lançamento inicial.
Já imagino qual seja a pergunta, aquela que todo mundo que leu o artigo até o final quer fazer, vamos lá: E aí Bica, vale a pena? Vale, vale sim, mas claro, fiquem de olho no preço. O jogo é divertido, bem feito e tem personalidade, se você gosta de uma aventura 3D em plataforma, com enredo leve e puzzles de complexidade moderada, com certeza ele te agradará.
Quer ver na prática o que eu falei? Bora lá então, confira a gameplay gravada no canal Bica Na Nuca:
Pumpkin Jack
Nota Final
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Gráficos - 7/10
7/10
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Jogabilidade - 7/10
7/10
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História e Diversão - 8/10
8/10
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Áudio e Trilha Sonora - 7/10
7/10
VOTAÇÃO POPULAR ➡️
0 (0 votes)CONSIDERAÇÕES FINAIS
Divertido, leve e com um enredo muito bem construído, Pumpkin Jack tem sua própria personalidade e merece uma continuação.