Reinventando o clássico e deixando moderno, como analisar o novo He-Man da Netflix?

 

Já sabemos que nem tudo que é novo, é visto com bons olhos. Ainda mais se falando de um desenho nostálgico como o He-Man e os Mestres do Universo, conhecido por nós que tivemos nossas infâncias nos anos 80 e 90 somente como He-Man.

 

 

Pois como já vimos, vários críticos saudosistas baterem fortemente no lançamento anterior Mestres do Universo: Salvando Etérnia, por trazer um outro, melhor dizendo uma outra protagonista na história e o He-Man sendo um coadjuvante no enredo.

 

Até mesmo escrevi minha análise aqui sobre Mestres do Universo: Salvando Etérnia e deixo bem claro para as pessoas assistirem com menos saudosismo e buscar entender a continuidade que a história traz do clássico e entender uma vez por outras que Mestres do Universo: Salvando Etérnia não é a história do He-Man como estamos acostumados e conhecemos, pois, nem o nome He-Man tem no título.

 

Mas não venho fazer a reanálise de Mestres do Universo: Salvando Etérnia e sim do novo e todo moderno He-Man e os Mestres do Universo. Antes de colocar uns pontos sobre a nova série, quer pedir para que o leitor, principalmente os fãs nostálgicos de He-Man veja esta analise com uma visão mais aberta, sem está engessado no clássico dos anos 80 e principalmente, entender que há novos públicos que devem ser conquistados, pois nosso tempo já passou e como falei, nem sempre aceitamos o novo.

 

 

Quando comecei a assistir o novo He-Man e os Mestres do Universo, confesso que fiquei bem confuso e minha cabeça deu um boom! Pois ver nomes que não ligam a pessoa, a mente dá um bug e parece que eu nunca tinha visto o He-Man na minha vida. Mas antes que eu pudesse expressar qualquer opinião, resolvi assistir a série com calma e entender melhor o que Rob David estava passando com uma animação moderna, todas em designer gráfico e bem tecnológica.

 

Pois sou da geração 80/90 que começou a assistir He-Man no Show da Xuxa, sim o clássico por Lou Scheimer, que tinha um objetivo muito claro na época, mas como éramos crianças não percebíamos, a venda dos bonecos da Mattel! Sim, pois para quem não sabe, antigamente se produzia os brinquedos primeiro e depois os mesmos viravam desenhos animados paras as crianças. Pois os desenhos animados não era nada menos que um modo de publicidade para vender os brinquedos. E conforme maior o sucesso da publicidade, mais episódios tínhamos do desenho e mais e mais brinquedos saiam, pois naquele período como crianças não pensamos em colecionismo e sim ter um boneco do He-Man para brincar.

 

 

Por que estou falando sobre isso, pois vamos deixar bem claro que a produção deste novo He-Man é pela Mattel, e já sabemos que logo teremos jogos e brinquedos deste novo He-Man para a nova geração.

 

Vamos lembrar que não estamos mais nos anos 80/90, onde nossa tecnologia comparada com a atual era limitada, que nossos heróis não são os heróis desta geração e estamos em um contexto social totalmente diferente que vivemos em nossas infâncias.

 

Já por este pequeno contexto que lhes trago caro leitor, já podemos dizer e vou repetir, que o público alvo da série são as crianças e não nós adultos, mas isso não quer dizer que não vamos assistir. Mas vamos entrar no contexto da história!

 

 

A história começa em Etérnia 10 anos depois dos Príncipes Keldor e Adam, respectivamente irmão e filho do Rei Randor terem sido dados como mortos. Mas, claro, não demora e vemos Adam vivo, mas sem memória, como parte da Tribo dos Tigres juntamente com sua melhor amiga Krass e seu pai adotivo Pacato, um tigre sem garras tendo sua vida interrompida pela chegada da feiticeira Teela que traz consigo a Espada do Poder que ela acabara de roubar dos cofres de Eternos (capital real) como uma encomenda dos vilões Evelyn e Kronis, mas cuja mensagem mental que ela recebe a faz trair seus contratantes para encontrar o “Campeão de Etérnia”. Ainda no primeiro episódio, Adam e a espada se conectam e a tão esperada transformação acontece.

 

Só por este início, a cabeça dos mais nostálgicos (como eu) vai dá um boom (como deu na minha) pois ficará sem entender nada e podem pensar que este é um tipo de multiverso de He-Man que se passa em um período mais futurista. E conforme vamos assistindo, vamos vendo muitos elementos do clássico.

 

 

Mas eu sei que alguns pode dizer: “A Teela é a Feticeira”, “O Pacato não é o tigre verde medroso” “Duncan não é o pai adotivo da Teela por ter a mesma idade que ela e ainda começa no time dos vilões” “Isso não é He-Man, isso é outra coisa que só colocar o nome de He-Man”.

 

Mas novamente eu reforço, assista com a mente aberta e veja que isso está sendo produzido para a nova geração e não para nós.

 

Pois esta animação é bem viva e dinâmica, está explicando muito bem a origem do esqueleto, o porque o Adam é o campeão escolhido, os motivos da briga do He-Man e Esqueleto e a real ligação de ambos. Achei sensacional tudo isso, pois que vai começar a assistir He-Man pela primeira vez, vai entender a história do homem mais poderoso do universo. Também para quem conhece o clássico terá muitos pontos de ligação que ficaram em aberto e hoje ter um melhor entendimento da história. Por mais que seja um enredo totalmente novo, traz a essência do clássico.

 

Viva o clássico e viva o novo, pois o que vejo hoje com o He-Man, já vi em Cavaleiros do Zodíaco, quando lançaram as Sagas do Ômega. No início muito bateram principalmente pelo o cancelamento da continuidade do anime do Lost Canvas e depois pela história ao trazer uma nova geração de cavaleiro com elementos que não eram os clássicos, que até depois trouxe de volta.

 

He-Man e os Mestres do Universo está disponível na plataforma de streaming da Netflix. Confira o trailer abaixo:

 

 

He-Man e os Mestres do Universo - Netflix
Nota Final
9.1/10
9.1/10
  • História - 9.5/10
    9.5/10
  • Animação - 10/10
    10/10
  • Personagens - 8/10
    8/10
  • Áudio e Trilha Sonora - 9/10
    9/10
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

He-Man e os Mestres do Universo é uma animação fantástica vista da maneira que ela foi pensada, pois ao final da primeira temporada vai ficar um gosto de quero mais. Uma série bem moderna, trazendo os elementos da tecnologia e uma história inédita que com certeza vai agradar muito ao novo público. Para os mais nostálgicos como eu, terá um nó no cérebro e depois com alguns elementos do clássico, vamos entender melhor a narrativa.

 

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Leo Lopes

Sou formado em jornalismo e fotógrafo na horas vagas. Criador de conteúdo no canal Com Noção no YouTube e parceiro oficial do jogo PUBG Lite. Um amante incondicional de retrogames, principalmente do saudoso Mega Drive.