Análise de Mestres do Universo: Salvando Eternia – Uma série que dividiu o público

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Eu como toda criança que teve a infância nos anos 80 e 90, que acordava cedo para assistir ao Show da Xuxa, anos depois TV Colosso e anos depois a saudosa TV Globinho, não tem como esquecer o clássico desenho He-Man e os Mestres do Universo, mas a gente sempre conheceu simplesmente como He-Man.

 

 

Bom, no dia 23 deste mês que já está se encerrando, a Netflix lançou a série Mestres do Universo: Salvando Eternia. Havia muita expectativa do público e fãs do He-Man e os Mestres do Universo, devido ao trailer apresentado com um He-Man repaginado com as artes atuais, sem perder as características clássicas.

 

Antes de prosseguir … dois pontos: Primeiro, para quem não assistiu a série, terá alguns spoilers e segundo, para os saudosistas “engessados” nos anos 80, onde na TV brasileira nunca mostrou o desenho do He-Man em ordem correta, que acha que a Netflix fez uma propaganda enganosa no trailer e não prestou a atenção no título que é Mestres do Universo: Salvando Eternia e não He-Man e os Mestres do Universo, pois no primeiro episódio sim mostrou bastante do He-Man, a base da história não é no clássico herói e sim nos personagens coadjuvantes e nos antigos heróis de Eternia.

 

 

Agora vamos lá para a análise… Já no primeiro episódio de Mestres do Universo: Salvando Eternia temos uma noção que a série não é um reboot ou um remake do clássico e sim uma “continuação” da batalha de He-Man e Esqueleto. Pois qualquer pessoa que já tenha visto alguma vez o desenho clássico (porque para entender a história do homem mais poderoso do universo, não precisa ter assistidos todos os episódios dos anos 80), vai saber o que acontece quando o esqueleto invade o Castelo de Grayskull e como é a batalha final de He-Man e Esqueleto (como havia avisado, tem spoiler).

 

Confesso que fiquei de boca aberta ao ver que He-Man e Esqueleto morrem, isso mesmo Brasil, eles bateram as botas. Mas como sou uma pessoa esperta e já havia sacado que o nome da série não era He-Man e os Mestres do Universo, isso me deixou muito mais animado para continuar assistindo, pois foi apresentado Eternia sem os personagens principais e como seria a história dos demais personagens neste novo enredo.

Logo de cara já vemos a decepção de Teela ao saber que o Príncipe Adam era o He-Man e ela era a única dos heróis que o acompanhava que não sabia. Revoltada ela resolve sair da realeza e viver como uma mercenária e vem a decepção para os saudosistas engessados, pois ela se torna a protagonista pós morte de He-Man.

 

E os coadjuvantes que a gente via em segundo plano na animação clássica dos anos 80, ganham mais destaque e passamos a conhecer mais a história de cada um. Pois eles terão a missão de salvar Eternia, pois a magia do universo está desaparecendo e com isso todo o universo irá desaparecer. Fora que vamos ver a aliança de antigos inimigos como a Maligna por exemplo, para ajudar a salvar a magia e assim restabelecer a ordem de toda Eternia.

 

Em uma série de cinco episódios de vinte cinco minutos cada, o enredo se encaixou perfeitamente, sem ficar a sensação de que ficou faltando algo ou que foi um filme dividido em parte e chamaram de série. Mas ficou um gostinho de quero mais logo, pois o final desta temporada deixou bem claro que a história não acaba ali e teremos um “novo campeão”.

 

Mais alguns pontos a se destacar, vamos pela dublagem. Pois bem, os novos dubladores brasileiros, buscaram ser o mais próximo possível das vozes dos dubladores dos anos 80, para trazer realmente a nostalgia.

 

Mas mesmo o esforço que José Santana tentou trazer da voz do ator e dublador Garcia Júnior, dá para perceber nitidamente que não é o mesmo príncipe Adam/He-Man, isso vale o mesmo para a dublagem do Esqueleto feito por Guilherme Lopes que era o ator e dublador Isaac Bardavid. Mas uma pessoa que teve o papel mais árduo e hoje é uma homenagem a grande ator e dublador Orlando Drummond que nos deixo aos 101 anos no último dia 27, foi o Guilherme Briggs ao dublar o gatão verde e medroso Pacato. Pois não tem como não lembrar da dublagem que o lendário Orlando Drummond fazia na década de 80, com um Pacato que as vezes a gente quase não entendia o que ele dizia, para trazer o medo o personagem na voz.

 

Outra questão é após a morte do Esqueleto, mostra como o time de vilões ficaram divididos e cada um seguindo um caminho. Como já citado, a Maligna se junta a Teela para ajudar a salvar a magia e o universo, já Mandíbula e Triclope criam uma seita “religiosa” com adoração a tecnologia que tem a placa mãe como a “grande deusa”.

 

Além de conhecemos os antigos campeões de Eternia e a história por trás do mítico Castelo de Grayskull. A série trabalhou muito bem a mitologia gigantesca do universo de He-Man e mostra que existe muito além do que Eternia. O trabalho realizado em Mestres do Universo: Salvando Eternia mostra perfeitamente que dá para trabalhar o clássico e trazer novos elementos para enriquecer a história do universo e mostra que tudo não gira em torno de um ou dois personagens.

 

Mestres do Universo: Salvando Eternia está disponível na plataforma de streaming da Netflix. Confira o trailer abaixo:

 

Mestres do Universo: Salvando Eternia - Netflix
Nota Final
9.9/10
9.9/10
  • História - 10/10
    10/10
  • Animação - 10/10
    10/10
  • Personagens - 10/10
    10/10
  • Áudio e Trilha Sonora - 9.5/10
    9.5/10
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Para quem espera que a série vai girar em torno somente do He-Man, preste bem a atenção no título. Por mais que o trailer se baseia somente no primeiro episódio da série, o nome está bem claro e não é He-Man e os Mestres do Universo. Uma história bem envolvente e recomendo muito assistirem com atenção e não assistirem “engessados” nos anos 80, para entender melhor o que a série quer passar.