Análise da decadente série Resident Evil: No Escuro Absoluto, disponível na Netflix

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“Tava ruim, tava bom, mas parece que piorou”, este meme resume muito bem o que podemos dizer sobre a nova série da franquia Resident Evil lançada em 8 de julho na Netflix.

 

 

Resident Evil: No Escuro Absoluto (Resident Evil: Infinite Darkness) estava sendo muito aguardado pelas fãs até o lançamento. Pois bem, depois dos seis filmes lançados no cinema que não agradaram muito os fãs da série do jogo e três animações, estas sim, agradaram boa parte dos fãs dos jogos.

 

Aí vem a série lançada pelo streaming de vídeos, que poderia ser o auge de Resident Evil fora dos games e acontece o contrário, a decadência. Pois parece que a Capcom e as produtoras Quebico e TMS Entertainment quiseram lançar um produto às pressas, sem revisão, sem pensar tanto nos fãs dos games como os fãs da hexalogia não trazendo nenhum nexo no que foi apresentado. Como se fosse mais um filme animado mal feito e dividido em quatro partes.

 

Também não vamos ser tão rígidos, pois não tem como esperar uma trama profunda em quatro episódios de 25 minutos, porém pela história apresentada e em alguns pontos que poderiam ser mais bem aproveitados, poderia pensar no mínimo uma série com dez episódios. Pois um ataque zumbi à Casa Branca, só isso já renderia uns seis episódios para explicar como isso aconteceu lá, mas que foi muito mal resumido em minutos, pode depois mostrar que tudo ficou normal no dia seguinte e onde ocorreu o ataque zumbi, colocarem uma placa “Piso Molhado”, como se fosse feito uma faxina no local. Me poupe Capcom!

 

 

Leon Kennedy o protagonista central, pois ainda é reconhecido pelo trabalho (mesmo o Leon não queira) que salvou a filha do presidente dos Estados Unidos. Foi chamado para investigar a uma invasão nos servidores do governo, assim estava expondo dados de uma missão diplomática e aí que começa o ataque zumbi que deixou frustrado o enredo, pois depois não se fala mais e não dá nem pistas de como ocorreu este ataque na Casa Branca.

 

Claire Redfield que poderia ser a segunda protagonista central, aparece mais como coadjuvante qualquer, pois na história, ela dedica a vida a ajudar pessoas vítimas de incidentes biológicos, o mesmo ocorrido como todos os fãs de Resident Evil conhecem em Raccoon City. Claire aparece com um desenho feito por uma criança que viveu os horrores da guerra no país fictício Penamistão e só por citar este pais poderia ser mais uns três ou quatro episódios.

 

 

Pois já que todos os caminhos investigados levam a este país fictício e aparece mais um personagem para ajudar Leon nas investigações. Jason, conhecido como o “Herói do Penamistão”, ele leva este título por sobreviver a incursão malsucedida no país há seis anos e também Jason tenta recuperar a saúde mental que ficou abalada devido o episódio.

 

Uma coisa que ficou difícil de entender na história, além dos enredos ficarem sem pé e cabeça, foram as explosões que aconteciam do nada, sem nenhum motivo aparente e elementos que ficaram nitidamente exagerados. Ou os produtores são uns gênios por fazerem cenas sem sentido e deixar o público com cara de ué ou só eles acharam maravilhoso a obra e deduziram que o público acharia o mesmo.

 

Mas cá entre nós, na questão gráfica ficou muito bonita em comparação as anteriores a evolução nas texturas, a fotografia (isso eu tenho mais propriedade para falar) que ficou bem próximo do mundo real e direção de cenas que ficaram boa. Porém o que deixa a desejar em relação as anteriores, é a movimentação dos personagens, que andam todos duros, como fossem robôs e foram os movimentos copiados entre os personagens que estão lado a lado, dando a sensação que estivessem caminhando com um espelho do lado.

 

Caso haja uma segunda temporada, deve se corrigir muita coisa que pecou nesta primeira e os enredos que ficarem no vácuo, entrarem, para dar mais nexo aos personagens e a história e não se limitar em apenas em quatro episódios, tomar mais cuidado com a produção e não entregar qualquer trabalho aos fãs de Resident Evil. Acho que seria bom a Capcom sentar com Quebico e TMS Entertainment que são ótimas produtoras e rever os erros da primeira temporada de No Escuro Absoluto, senão a série que vai realmente entrar no “Escuro Absoluto” do público.

 

A série Resident Evil: No Escuro Absoluto está disponível na plataforma de streaming da Netflix. Confira o trailer abaixo:

 

 

Resident Evil: No Escuro Absoluto - Netflix
Nota Final
5.3/10
5.3/10
  • História - 4/10
    4/10
  • Animação - 8/10
    8/10
  • Personagens - 4/10
    4/10
  • Áudio e Trilha Sonora - 5/10
    5/10
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

A série poderia explorar melhor a história, pois ficou o resumo do resumo. Caso haja uma segunda temporada, tem que melhorar muito tanto na animação dos personagens como na história, explorar mais as “entre linhas”.