Análise de ‘Os 7 de Chicago’, novo filme da Netflix

 

Lançado no último dia 16 de outubro na plataforma de streaming da Netflix, o filme ‘Os 7 de Chicago’ fala de um dos momentos mais importantes da história da política americana. O que era para ser um protesto pacífico na Convenção Nacional do Partido Democrata de 1968 se transformou em um violento confronto com a polícia e a Guarda Nacional dos EUA. Os organizadores do protesto — que incluíam nomes como Abbie Hoffman (Sasha Baron Cohen), Jerry Rubin (Jeremy Strong), Tom Hayden (Eddie Redmayne) e Bobby Seale (Yahya Abdul-Mateen II)— foram acusados de conspiração por incitar a desordem, e o julgamento decorrente foi um dos mais notórios da história. O filme foi dirigido e escrito por Aaron Sorkin, vencedor do Oscar por ‘A Rede Social’.

 

 

Há todo um contexto na história de ‘Os 7 de Chicago’ que envolve as eleições presidenciais de 1968, a Guerra do Vietnã e os muitos grupos que se formaram contra este conflito que matou quase 60 mil americanos.

 

 

O filme se inicia durante a Convenção Nacional Democrata, evento que anunciou a candidatura de Hubert H. Humphrey à presidência dos EUA. Vários grupos com formas distintas de agir foram até esta Convenção para protestar contra a Guerra do Vietnã (e não… não foi combinado entre eles). Entre eles estavam os Yippies e os Panteras Negras com um lado mais radical e grupos de Tom Hayden e Rennie Davis com uma abordagem digamos “mais limpa”.

 

 

Há vários flashbacks mostrando ponto a ponto e com bastante calma como surgiram os protestos e como terminaram, culminando na acusação dos líderes destes grupos por conspiração. O filme mostra bem como agem governos mundo afora quando querem se defender e/ou acusar “inocentes”. É triste, mas sem dúvidas até hoje a justiça “se faz de cega” e prejudica pessoas em prol de um seleto grupo de políticos e juízes.

 

 

É incrível como o filme nos traz uma consciência política e cidadã sobre fatos que já ocorreram há tantas décadas, mas que continuam acontecendo nos dias de hoje, nos faz ter raiva de algumas ações de certos personagens (o que mais dá raiva é o juiz Julius Hoffman) e ao mesmo tempo nos faz rir de bobagens e cenas que parecem ser de puro roteiro de humor, mas que realmente aconteceram durante o julgamento no tribunal.

 

O filme é digno de Oscar, com um roteiro que avança de forma coesa e uma fotografia muito bonita, misturando em alguns momentos com cenas reais dos conflitos com a polícia.

 

 

Não é coincidência que o filme tenha sido lançado nesta época, durante as eleições presidenciais americanas. O diretor quer trazer de volta ao público o senso de política e de pertença e de responsabilidade por aquilo que o país é.

 

Você se emociona mesmo em ‘Os 7 de Chicago’. O filme é uma verdadeira obra de arte!

 

 

O filme Os 7 de Chicago’ já está disponível na plataforma de streaming da Netflix. Confira o trailer abaixo:

 

 

 

Os 7 de Chicago - Netflix
Nota Final
9.1/10
9.1/10
  • Ideia e Roteiro - 9/10
    9/10
  • Fotografia, Figurinos e Efeitos Visuais - 9/10
    9/10
  • Áudio e Trilha Sonora - 8.5/10
    8.5/10
  • Adaptação e Atuação - 10/10
    10/10
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O filme é uma verdadeira obra de arte!

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Rogério Princiotti

Blogueiro, criador de sites como Omoristas, Burca Day, Guarulhos em Rede, Guarutrolls e Mundo Cosplayer. Trabalha na internet administrando e criando conteúdo para sites e comunidades há mais de 10 anos.