Análise do filme Os Segredos do Universo por Aristóteles e Dante, em cartaz nos cinemas a partir de 30 de novembro

A convite da distribuidora Imagem Filmes, o Nerdlicious esteve na cabine de imprensa do novo filme Os Segredos do Universo por Aristóteles e Dante, baseado no livro best-seller de Benjamin Alire Sáenz.

O filme, assim como o livro, se passa em El Paso no ano de 1987, onde dois jovens mexicanos-americanos buscam encontrar, na amizade, um amor puro e verdadeiro nunca encontrado antes.

A sensação que fica após assistir o longa, é de estar assistindo um Boys Love (BL) asiático, onde você não encontra cenas picantes e de muita pegação, apenas um sincero amor entre dois jovens que ainda estão se encontrando neste vasto universo.

Dante tem uma família que o apoia a ser quem ele realmente é, diferente de Aristóteles que passa boa parte do filme se pressionando para tomar uma decisão sobre quem ele realmente quer ser.

Alguns pontos ficam a desejar na história, como o fato de os  pais do Ari, aceitarem tão bem o fato de ele ser homossexual, sendo que no inicio do filme, o pai dele demonstra ser contra essa ideia.

O enredo de seu irmão, também não é muito bem explorado e se perde em um encerramento nada digno. O personagem não aparece no longa, e o seu destino segue incerto para o público, que fica com um “gostinho de quero mais” ao imaginar qual seria a reação dele vendo o irmão mais novo se assumir homossexual depois de longos anos na cadeia justamente pelo preconceito contra a classe LGBT.

Os Segredos do Universo por Aristóteles e Dante é um belo romance dramático adolescente, daqueles que poderiam facilmente se tornar uma série em algum streaming, e é apenas isso mesmo.

Não se prenda às questões do filme, porque muitas delas permanecem sem respostas ao término do longa.

Apesar disso, o longa é fofo, envolvente e tem uma fotografia muito inteligente.

Os Segredos do Universo por Aristóteles e Dante estará em cartaz nos cinemas a partir do dia 30 de novembro. Confira o trailer abaixo: