Análise da 2º Temporada da série Sexify, disponível na Netflix

 

No mês de janeiro, a Netflix lançou em sua plataforma de streaming a 2º Temporada da série Sexify. A sequência da série polonesa até diverte, mas se perde no final com falhas de roteiro e uma dúvida quanto a novas temporadas.

 

Para quem não conhece, a série conta a história a partir da necessidade da estudante Natalia Dumala (Aleksandra Skraba) de entregar um trabalho de faculdade, onde a criação de um aplicativo criativo poderia além de lhe dar boas notas, um status em sua área de programação e relevância acadêmica. Mas que tipo de aplicativo criar? Mesmo sem experiência no tema, Natalia decide criar um aplicativo (Sexify) para ajudar mulheres a chegarem ao orgasmo. Ela se junta com suas amigas, a certinha Paulina Malinowska (Maria Sobocińska) e a riquinha super sensual Monika Nowicka (Sandra Drzymalska) para tornar o Sexify uma realidade. Para criar o aplicativo de sexo, elas decidem explorar o mundo da intimidade e acabam descobrindo muito sobre elas mesmas.

Lançado no dia 11 de janeiro, a 2º Temporada mostra que o aplicativo já é uma realidade e que ganhou interesse de investidores, tornando as três amigas em sócias de uma startup promissora. Mas como conseguir investimento em um aplicativo voltado ao público feminino quando um outro app machista (SexiGuy) e tóxico surge ao mesmo tempo? Nesse cenário caótico, as jovens empreendedoras também fazem de tudo para atrair a atenção de um exigente investidor, que pode ser a aguardada salvação da companhia. Com o futuro da startup em risco, as jovens empreendedoras tentam equilibrar suas vidas pessoais, grandes rivalidades e investimentos.

 

A 2º Temporada foca não só na empresa criada por Natalia, Paulina e Monika e grandes dúvidas sobre o futuro da startup, mas ao mesmo tempo nos intensos desafios em suas respectivas vidas pessoais. Com isso, o Sexify é um pouco deixado de lado para que as amigas possam explorar um pouco mais a vida pessoal e o auto conhecimento sexual, com novas experiências e até a busca por novos amores.

Um dos pontos altos desta nova temporada é o surgimento do aplicativo concorrente SexiGuy, que depois Natalia descobre que foi criado por Rafat (Kamil Wodka), seu rival da faculdade. Kamil teve uma das melhores atuações desta temporada, deixando-a mais engraçada em alguns momentos.

 

Outro detalhe que pode ter passado despercebido pelo público e que passou como um foguete aos olhos da Netflix Brasil é o fato de que na hora da tradução/dublagem desta nova temporada terem utilizado o nome real da atriz Małgorzata Foremniak, como se fosse o nome da personagem. Małgorzata Foremniak é uma atriz polonesa de sucesso, e que na versão original de Sexify vive a personagem Joanna Nowicka, a investidora do aplicativo das garotas. O responsável da tradução da série para o Brasil deve ter se atrapalhado e utilizou o nome real da atriz, que foi pro ar inclusive na versão dublada, deixando um “ué…” nos mais atentos. Não sabemos se a atriz já se deu conta deste fato inusitado, mas quando souber deve dar boas risadas.

 

Apesar desta 2º Temporada ser também boa com estas reviravoltas do aplicativo e da nova startup das amigas, a série se perde um pouco no final, pois tudo aquilo que elas pregavam no começo, como por exemplo o feminismo, vai por água abaixo, com a solução imposta pelos homens, como o pai de Monika. Além disso, muitos furos no roteiro estragaram e deixaram vácuos que não sei se serão cobertos (caso haja uma nova temporada), pois aparentemente o aplicativo Sexify “morre” no último episódio e surge uma nova ideia de Natalia que não sabemos qual é.

 

Como eu disse no começo deste artigo, a série diverte e tem até bons ensinamentos, especialmente aos mais jovens que estão descobrindo sua sexualidade, mas se você se apegar a história e quiser coerência, dificilmente irá se contentar com o final.

 

A 2º Temporada da série Sexify está disponível na plataforma de streaming da Netflix. Confira o trailer abaixo:

 

2º Temporada de Sexify - Netflix
Nota Final
7.4/10
7.4/10
  • Ideia e Roteiro - 7.5/10
    7.5/10
  • Fotografia, Figurino e Efeitos Visuais - 7/10
    7/10
  • Áudio e Trilha Sonora - 7/10
    7/10
  • Adaptação e Atuação - 8/10
    8/10
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como eu disse no começo deste artigo, a série diverte e tem até bons ensinamentos, especialmente aos mais jovens que estão descobrindo sua sexualidade, mas se você se apegar a história e quiser coerência, dificilmente irá se contentar com o final.

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Rogério Princiotti

Blogueiro, criador de sites como Omoristas, Burca Day, Guarulhos em Rede, Guarutrolls e Mundo Cosplayer. Trabalha na internet administrando e criando conteúdo para sites e comunidades há mais de 10 anos.