Hoje, as famílias assinantes do Disney+ conhecerão Barney e Ron, uma dupla de amigos muito original que estrela Ron Bugado, a animação da 20th Century Studios e Locksmith Animation que já está disponível na plataforma.
A história acompanha Barney (voz original de Jack Dylan Grazer), um menino de 11 anos que ganha de aniversário Ron (voz original de Zach Galifianakis), um inovador dispositivo digital conectado que anda e fala, criado para se tornar seu novo melhor amigo. Porém, Barney logo percebe que há algo de errado com seu novo melhor amigo. Ron não sabe nada sobre seu novo dono, seus circuitos estão com defeito e Barney percebe que mesmo reiniciando várias vezes, Ron não se tornará seu melhor amigo. Mas ao contrário dos outros robôs, Ron é infinitamente curioso e muito leal, e está determinado a apoiar Barney em tudo. Aos poucos, a dupla desenvolve uma amizade verdadeira que redefine os limites da tecnologia.
A seguir, um tour nos bastidores para saber mais sobre o processo criativo da animação da 20th Century Studios.
UM PROJETO PANDÊMICO
Assim como tantos outros projetos que estrearam nos últimos tempos, Ron Bugado é um filme produzido remotamente. Embora a equipe tenha conseguido trabalhar presencialmente no início do projeto antes do isolamento, grande parte do desenvolvimento do filme aconteceu com a equipe trabalhando de suas casas. “Às vezes, parecia que estávamos fazendo o maior e mais caro filme caseiro. De repente, mais de 250 membros da equipe estavam trabalhando de casa com protocolos de produção que, no início, foram um pesadelo logístico. Alguns engenheiros de som, modeladores digitais, riggers, animadores, a equipe de iluminação e muitos outros, todos trabalhando de locais improvisados: porões, quartos de hóspedes, lavanderias, galpão de jardinagem. As equipes de sistemas e produção merecem um crédito enorme pela forma como fizeram o show continuar com toda essa crise. Demonstrou como pessoas incrivelmente criativas podem superar tais obstáculos”, diz Jean-Philippe Vine, codiretor do filme ao lado de Sarah Smith.
CRIANDO UMA CIDADE FICTÍCIA
O novo filme se passa em uma cidade fictícia chamada Nonsuch, em um estado e país não especificados. O estilo do lugar, porém, tem características bem californianas, inspiradas nos polos tecnológicos do norte do estado. “Tivemos muitas discussões sobre o tom e como o mundo deveria ser. Começamos a trabalhar com artistas fazendo desenvolvimento visual e logo decidimos que o cenário deveria parecer como um mundo suburbano reconhecível, no qual este incrível salto tecnológico aconteceu”, explica Vine.
Para trazer uma identidade atual ao ambiente, a equipe também decidiu adicionar personagens com os mais diversos sotaques, levando em conta a mistura cultural que ocorre na maioria das cidades nos dias de hoje.
MAGIA NA TELA
Para dar vida a Nonsuch e à história de Ron e Barney, os cineastas reuniram uma equipe extraordinária de talentosos criadores, incluindo os diretores de fotografia David Peers (Happy Feet – O Pinguim) e Hailey White (THOR: RAGNAROK da Marvel Studios); os designers de produção Aurélien Predal (Hotel Transilvânia 3 – Férias Monstruosas) e Nathan Crowley (Tenet); o editor principal David Burrows (Uma Aventura LEGO); o supervisor de efeitos visuais Philippe Denis (Trolls); o compositor Henry Jackman (Falcão e o Soldado Invernal, OPERAÇÃO BIG HERO); e o diretor de animação Eric Leighton (Gnomeu e Julieta: O Mistério do Jardim).
Inicialmente, Vine e Smith trabalharam próximos de Crowley – que foi o designer de produção de vários filmes de Christopher Nolan – para conceber a estrutura arquitetônica do filme, dividindo o roteiro página por página e enriquecendo cada cena. Em seguida, Predal acrescentou seu olhar para ajudar o estilo e a cor do filme, trazendo uma estética mais próxima da animação.
Quanto à animação em si, Leighton e Denis trabalharam meticulosamente para alcançar as texturas adequadas, colaborando, depois, com a equipe de iluminação para completar o processo visual e trazer contraste entre os diferentes cenários em que a história se passa.
O compositor Henry Jackman, por sua vez, focou no uso de temas e sons para interligar os diferentes momentos da história. “Ele chegou com grandes ideias, com sons digitais que costuma usar, para apoiar a história do B*Bot, mas eu pedi a ele uma vibe de um ‘clássico filme ambientado na escola’ junto de uma escala orquestral e da emoção de E.T. – O EXTRATERRESTRE. Henry ama enfrentar grandes desafios, e ele realmente arrasou. E acima de tudo, enquanto assistia às cenas finais do filme com sua música, senti o coração de Henry e sua alma espalhados nas emoções da história. É uma trilha sonora maravilhosa”, conclui Sarah Smith.