No dia 5 de junho estreou o primeiro episódio da série Chespirito: Sem Querer Querendo. Já no dia 24 de julho a primeira temporada da série encerrou-se após oito episódios. A série “biográfica” conta a história de Roberto Gómez Bolaños, o criador de Chaves e Chapolin. Sua trajetória de vida profissional e principalmente a particular são mostradas na tela em meio à várias polêmicas.
Roberto Gómez Bolaños foi um ator, comediante, dramaturgo, escritor, roteirista, compositor, diretor e produtor de televisão mexicano, criador de personagens emblemáticos que continuam a ocupar o coração dos latino-americanos. Atualmente é considerado um dos ícones do humor familiar e do entretenimento de língua espanhola, e um dos melhores comediantes de todos os tempos.
Em colaboração com Roberto Gómez Fernández, filho do Chespirito, a série mostra os desafios pelos quais passou o criador inúmeros personagens que cruzaram fronteiras e marcaram a cultura de México e América Latina.
A produção da Max traz Pablo Cruz Guerrero no papel principal, além de Paula Dávila como Margatita Ruíz/Florinda Meza, Juan Lecanda como Carlos Villagrán/Marcos Barragán, Miguel Islas como Ramón Valdés e Andrea Noli como Angelines Fernández. Vale destacar que Margarita Ruíz é um nome criado para Florinda Meza, atriz que interpretava a Dona Florinda e que era esposa de Bolaños, mas entrou em uma briga com a produção da série. Assim como Florinda Meza, Carlos Villagrán também teve seu nome modificado na série.
De forma inteligente, a HBO Max (ou só Max, nem eu sei mais), apresentou cada episódio da série uma vez por semana, assim, tudo que víamos era discutido no mundo todo, tal qual uma novela mexicana, cheia de dramas e fofocas das boas. Claro que quem é mais fã de Roberto Gómez Bolaños, e acompanhou não só as séries principais como Chaves e Chapolin, já conhecia algumas das histórias mais “obscuras” do autor, porém, para a maioria do público foi novidade saber o quão mal marido, pai e colega de trabalho ele foi.
Confesso que nos primeiros episódios achei a série um pouco forçada, tentando implantar na mente do espectador que as frases e bordões dos personagens do autor surgiram de forma “mágica” em sua vida, claramente para dar um ar de “ficção”, principalmente para justificar o que viria nos episódios seguintes, quando as polêmicas e fofocas tomaram conta.
Claro que a série é uma visão dos filhos de Bolaños, ou seja, há muita raiva da família com relação à Florinda Meza, mas dá pra entender muito mais do que nos fãs víamos dos últimos anos de vida do autor.
Tirando a fofoca de lado, e até a parte “fantástica” que criaram em cima dos bordões, foi muito legal ver como a genialidade do autor surgiu e se transformou aos poucos. Além disso, ver a empolgação, alegria e fé no trabalho dele é que fizeram ele ser um sucesso mundial. As cenas de bastidores dos episódios, especialmente sobre o icônico episódio de Acapulco são muito interessantes.
No final, Chespirito: Sem Querer Querendo é não só uma série biográfica homenageando o gênio Roberto Gómez Bolaños, mas também um desabafo de seus filhos pelos anos sofridos com as frequentes traições de seu pai. Não sabemos se haverá continuação da série, mas há ainda muito mais a ser contado nesta história.
A 1º Temporada da série Chespirito: Sem Querer Querendo já está disponível no streaming HBO Max. Confira o trailer abaixo:
Chespirito: Sem Querer Querendo - HBO Max
Nota Final
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Ideia e Roteiro - 9/10
9/10
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Fotografia, Figurino e Efeitos Visuais - 10/10
10/10
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Áudio e Trilha Sonora - 9/10
9/10
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Adaptação e Atuação - 9/10
9/10
VOTAÇÃO POPULAR ➡️
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Chespirito: Sem Querer Querendo é não só uma série biográfica, mas um desabafo dos filhos deste grande autor.