Análise de Love, Death & Robots: Volume 4, disponível na Netflix

Estreou no dia 15 de maio Love, Death & Robots: Volume 4, a continuação da série de animação antológica da Netflix. Gladiadores, dinossauros, gatos messiânicos e marionetes estrelas do rock — só pode ser Love, Death + Robots. Apesar de uma temporada anterior com muitos episódios bons, este novo volume talvez tenha sido um dos piores da série.

Se você ainda não conhece, Love, Death & Robots é uma série animada no estilo antologia, onde cada episódio tem um tema diferente e não necessariamente está conectado ao anterior ou ao seguinte. Os temas abordados são sempre sobre ficção científica, fantasia, terror, drama e comédia. Quase sempre os episódios envolvem temas como amor, morte e robôs.

O volume 1 teve 18 episódios e superou as expectativas no lançamento. Veio o volume 2, apenas com 8 episódios, com ótimas histórias, mas que não chegou a cativar um grande público. Já no volume 3, os produtores decidiram caprichar e apresentar 9 episódios que além do bom humor, tem muito sangue, morte e críticas quanto as ações do ser humano. Infelizmente, neste volume 4, entre os 10 episódios apresentados, talvez só metade se salve.

Esta nova temporada foi muito aguardada, especialmente para fãs como eu, mas infelizmente, em muitas vezes me peguei ansioso pelo término de episódios que são mais longos do que o necessário (e olha que o maior episódio tem apenas 17 minutos).

Diferente de outros anos, desta vez as produções meio que se esqueceram dos temas centrais da série e fizeram qualquer coisa. Parece aquele evento online de animação que ninguém assiste, cheio de produções estranhas, sem sentido, nem graça, nem moral, nem nada… meio que um trabalho de conclusão de curso para animadores mostrarem seu “talento” na criação de artes animadas, mas sem pensar muito num roteiro.

Nem tudo foi tão ruim, afinal, tivemos episódios bem legais, tais como o “Como Zeke entendeu a religião”, que tenha uma bela lição no final, e “Dispositivos inteligentes, dono idiotas”, que com bom humor apresenta como nossos equipamentos eletrônicos poderiam ver a nós se pudessem pensar por si só.

Por outro lado, episódios sem noção como “Gólgota” e até uma espécie de videoclipe musical de “Can`t Stop” da banda americana Red Hot Chili Peppers foram incluídos nesta temporada, o que me fizeram cochilar por algumas vezes.

Enfim, me parece que as ideias dos produtores de Love, Death & Robots está começando a acabar, e se for daí pra pior, é melhor nem continuar né?

Love, Death & Robots: Volume 4 tem 10 episódios, mas só metade vale a pena. Todos eles estão já disponíveis na plataforma de streaming da Netflix. Confira o trailer abaixo: