No dia 24 de janeiro, estreou na plataforma de streaming da Netflix, a comédia francesa SuperMachos, mostrando a vida “difícil” dos quarentões “machistas” Cédric (Manu Payet), Tonio (Guillaume Labbé), Jérémie (Vincent Heneine) e Tom (Antoine Gouy), tendo que enfrentar este mundo moderno onde não se encaixam. Mas será que vale a pena assistir a série? Confira nossa opinião!
SuperMachos é a versão francesa da comédia espanhola Machos Alfa (2021), que acompanha as desventuras de Cédric, Tonio, Jérémie e Tom, um grupo de amigos de meia-idade que enfrenta crises no amor, na carreira e na família. Unidos em um grupo de apoio, os quatro tentam compreender os motivos de seus fracassos românticos e as mudanças necessárias em seus comportamentos para se adaptarem a uma sociedade que questiona o patriarcado e desconstrói antigos privilégios. Com humor ácido e momentos de reflexão, a série aborda as dificuldades desses homens em conciliar suas visões de masculinidade com os novos valores sociais, enquanto enfrentam dilemas amorosos e profissionais. Entre piadas e situações embaraçosas, SuperMachos oferece uma crítica leve e divertida sobre o que significa ser homem nos dias de hoje, explorando amizade, autodescoberta e o impacto das relações modernas.
Como dito anteriormente, SuperMachos não esconde ser uma espécie de “cópia” da série Machos Alfa, apesar dos temas tratados serem praticamente idênticos, a forma como é mostrada na produção leva em consideração costumes locais franceses, levando novos pontos de vista. Além disso, como pessoalmente não assisti (ainda) Machos Alfa, vou me abster de mais comparações, e focar apenas naquilo que achei da série SuperMachos.
Logo de cara tenho que criticar a escolha de apresentação da série. Já no primeiro episódio, os produtores mostram claramente seu interesse em focar no público feminino, mostrando exacerbadamente cenas de nu masculino, o que pode acabar incomodando alguns homens e fazendo-os abandonar uma série que poderia lhes fazer pensar e rir muito. Apesar de uma escolha pelo publico feminino, a produção tem um roteiro bem abrangente, e pode ser bem legal para homens solteiros também, porém, para mim, casais são o público ideal, afinal, gera na sala de casa não só os risos que só nós casados conhecemos, mas também discussões internas, importantes para um bom relacionamento.
Apesar de não ser tão adepto ao “modernismo” no relacionamento, gostei da forma como a série apresenta as diversas formas de amar, os pensamentos de cada personagem, e também por mostrar que nem sempre o homem dito “machista” é que é o culpado dos problemas conjugais, mostrando por vezes, erros das mulheres em certas situações. Mesmo tentando se mostrar mais “feminista”, a série consegue ter contrapontos importantes, dando voz à todos os lados.
E não, a série não é daquelas chatas que ficam “cagando regra” pra ninguém, pelo contrário, se você quiser ver apenas como um entretenimento (que pra mim deveria ser o mais importante), conseguirá rir demais de situações mostradas na vida dos homens, das mulheres, e nos casais principais. Outra coisa que gostei bastante foi da atuação do elenco. Estão de parabéns!
Apesar de falar sobre temas atuais com relação ao relacionamento entre homens e mulheres, SuperMachos não tenta ser um “poço de razão” e jogar na nossa cara que estamos errados. Pelo contrário, a série tenta de maneira bem-humorada mostrar que podemos melhorar em certos pontos, e mesmo que não aceitemos certas situações e escolhas, que as respeitemos.
A 1º Temporada da série SuperMachos está disponível na plataforma de streaming da Netflix. Confira o trailer abaixo:
1º Temporada de SuperMachos - Netflix
Nota Final
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Ideia e Roteiro - 7.5/10
7.5/10
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Fotografia, Figurino e Efeitos Visuais - 7.5/10
7.5/10
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Áudio e Trilha Sonora - 7/10
7/10
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Adaptação e Atuação - 9.5/10
9.5/10
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SuperMachos traz um tema atual, com uma abordagem bem-humorada, sem querer impor nada.