Análise da 1º Temporada da série X-Men ’97, disponível no Disney+

Após a estreia no dia 20 de março no Disney+ e ótima repercussão tanto com a imprensa quanto com o público, a 1º Temporada da série animada X-Men ’97 chegou ao fim no dia 15 de maio, mas… será que é tudo isso que falam?

X-Men ’97 revisita a era icônica dos anos 90, quando os X-Men, um grupo de mutantes que usam seus extraordinários dons para proteger um mundo que os odeia e teme, passam por enormes desafios e são forçados a enfrentar um futuro perigoso e inesperado. O elenco de voz em inglês inclui Ray Chase como Ciclope, Jennifer Hale como Jean Grey, Alison Sealy-Smith como Tempestade, Cal Dodd como Wolverine, JP Karliak como Morfo, Lenore Zann como Vampira, George Buza como Fera, AJ LoCascio como Gambit, Holly Chou como Jubileu, Isaac Robinson-Smith como Bishop, Matthew Waterson como Magneto e Adrian Hough como Noturno. Beau DeMayo atua como roteirista-chefe. Os episódios são dirigidos por Jake Castorena, Chase Conley e Emi Yonemura.

Para quem não assistiu nos anos 90 a série animada original de X-Men, recomendamos conferir, afinal X-Men ’97 é uma espécie de continuação desta produção de quase 30 anos atrás, porém, com algumas mudanças em termos de visual e até de mentalidade de alguns personagens, apesar da história principal seguir o mesmo caminho.

Nunca fui muito fã da “franquia” X-Men, porém, gosto muito dos personagens de forma individual. Acredito que o grupo nunca funcionou bem, mesmo com heróis incríveis, cada um a sua forma. Porém, isto não torna a animação dos anos 90, nem esta atual ruins, mas fica aquele gostinho de que poderia ser um pouco melhor.

Voltando a série atual, X-Men ’97 te joga de cara no meio do peito uma reviravolta, onde Magneto se torna o líder do grupo, após a suposta morte do Professor Xavier. O grupo de heróis ficam entre a desconfiança e o “aceitar” a situação, afinal, foi o próprio Xavier que o escolheu como sucessor. E no começo parece mesmo que Magneto é uma boa escolha, mas como sempre, a própria humanidade faz com que o “anti-herói” volte a ser o “vilão da história”.

Em termos de história, X-Men ’97 tem um andar lento e em alguns momentos até chato, com uma visão focada mais no lado “amoroso” de cada personagem. Acho interessante dar atenção à todos os personagens, mostrando o pensamento de cada um sobre suas situações, porém, focar mais nisso do que na “ação” pode tirar nossa atenção da tela, e fazer com que alguns minutos de diversão se tornem monótonos.

Outra questão que ando odiando é a “forçação de barra” da Marvel em sempre colocar no meio uma questão multiversal, onde o mesmo personagem tem várias versões de si mesmo e no final vira uma bagunça tão grande que nem mesmo os roteiristas sabem o que fizeram. Não dá pra ser mais “pé no chão” com uma história sem precisar apelar ao “multiverso”?

De qualquer modo, achei muito legal reviver os anos 90 através das escolhas gráficas de animação e até nas situações, cenários e aparelhos utilizados pelos heróis, como no episódio “Motendo”, uma paródia do “Nintendo”, onde Jubileu vive algumas aventuras.

X-Men ’97 não é a tão surpreendente e espetacular série animada como falam por aí, mas ganha público que ainda está ávido pela nostálgico década de 90 e quer reviver alguns momentos da infância. Para outros públicos pode ser uma animação comum, legal, mas sem muitas expectativas.

A 1º Temporada da série animada X-Men ’97 está disponível no streaming Disney+. Confira o trailer abaixo: