Estreou no último dia 5 de abril a série de terror sci-fi Parasyte: The Grey, um live action inspirado no anime Parasyte, que também se encontra na Netflix. A nova produção é um pouco mais lenta e tem apenas seis episódios, mas chega ao final da temporada empolgando com uma aparição surpresa.
Em Parasyte: The Grey, Su-in (Jeon So-nee), uma jovem presa entre sua humanidade e a influência parasitária, incorpora esse tema recorrente de coexistência. Como diz Heidi, o parasita que se agarrou a Su-in após um acidente quase fatal: “Nós dois estaríamos mortos se não estivéssemos juntos. Você e eu não temos escolha a não ser coexistir”. Como mutante que é metade parasita e metade humana, Su-in não pertence totalmente a nenhum dos lados – nem aos parasitas que buscam dominar a sociedade humana, nem à equipe dedicada a erradicar os organismos, chamada “The Grey” e liderada pelo determinado Jun-kyung (Lee Jung-hyun). E é essa tensão que faz os espectadores chegarem ao principal conflito.
Apesar da inspiração no mangá e anime original, a série tenta mostrar um outro lado do Japão, com uma nova protagonista e um grupo de parasitas diferentes, que ao invés de lutarem sozinhos contra os humanos, decidem utilizar de técnicas nossas, como a de criar grupos e organizações para serem mais fortes e dominar os mais enfraquecidos. Desta forma, após um deles parasitar um pastor de uma igreja, decidem se unir dentro desta comunidade para se organizarem afim de dominar a Terra.
Outra diferença é que no anime, o protagonista Shinichi Izumi é invadido por um parasita, mas este acaba só dominando sua mão, o que faz com que ambos tenham plena consciência de tudo o que ocorre com o corpo do humano, porém, Shinichi é o verdadeiro cérebro das ações. Já neste live action, a protagonista Su-in dá lugar em seu corpo ao parasita, perdendo a consciência e controle do próprio corpo, não sabendo de nada o que houve durante este momento de “transe”.
Voltando a história de Parasyte: The Grey, Su-in tenta a todo custo convencer a polícia local dos perigos do grupo parasita da igreja, enquanto também tenta demonstrar que ela e o parasita que a domina não são um perigo para a sociedade. Ambos lutam contra outros parasitas e as cenas de ação são bem feitas, tanto na coreografia, quanto na produção de CGI. Também temos que dar os parabéns aos produtores quanto a violência das cenas e por não pouparem esforços para mostrar muito sangue, corpos dilacerados e decapitações, algo essencial nesta história que apesar de tudo, se baseia no terror.
Talvez um problema na série foi o fato de não ter um lado mais cômico nos personagens, algo que faz aquela quebra de expectativa e de tensão, tão presente no mangá/anime original, e que faz falta especialmente para os fãs mais antigos.
A série em si não tem uma história tão boa quanto ao original, porém acredito que tenham poupado um pouco para o que vem no futuro, afinal… lá vem spoiler… cuidado… no final desta temporada há uma ótima surpresa, quando Shinichi Izumi, o protagonista do anime aparece querendo conversar com a polícia sobre o caso dos parasitas. O que virá após isso? Teremos realmente um crossover entre a história da série com o mangá/anime original? A expectativa está lá em cima!
Enfim… vamos ter que aguardar a nova temporada, mas enquanto ela não chega, fique sabendo que a 1º Temporada da série Parasyte: The Grey está disponível no streaming da Netflix. Confira o trailer abaixo:
1º Temporada de Parasyte: The Grey - Netflix
Nota Final
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Ideia e Roteiro - 7.5/10
7.5/10
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Fotografia, Figurino e Efeitos Visuais - 7.8/10
7.8/10
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Áudio e Trilha Sonora - 7/10
7/10
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Adaptação e Atuação - 7.5/10
7.5/10
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0 (0 votes)CONSIDERAÇÕES FINAIS
A série é boa, mas o anime é melhor.