Análise do filme documentário 20 dias em Mariupol, que estreia nos cinemas no dia 7 de março

 

“Isso é doloroso de assistir, mas tem que ser doloroso mesmo”. 20 Dias em Mariupol, é o novo filme dirigido por Mstyslav Chernov, que entra em cartaz oficialmente no Brasil em 7 de março de 2024, com distribuição da Synapse Distribution.

 

O longa foi indicado ao Oscar deste ano na categoria de Melhor Documentário em Longa-Metragem, e vencedora do Festival de Sundance.

 

20 dias em Mariupol

 

A produção acompanha um grupo de jornalistas ucranianos que registram a invasão da Rússia na cidade de Mariupol. Sem saída, a equipe passa por desastres em alta escala, como o bombardeamento de um hospital-maternidade.

 

É difícil dizer que essa produção merece um Oscar, quando estamos falando de uma realidade. Não é uma superprodução, é uma guerra real. É difícil dizer que este longa merece prêmios, quando ele nos mostra mortes. Parece que estamos torcendo por isso, mas não, estamos torcendo para que a informação seja passada à diante, para que o longa toque no coração de toda a humanidade, para que a história dessa cidade seja contada e para que a próxima geração não permita que casos como esse se tornem reais.

 

20 dias em Mariupol

 

Mstyslav Chernov, é um cineasta e fotojornalista vencedor do prêmio Pulitzer pelo trabalho de cobertura do ataque retratado no filme. Já cobriu conflitos no Iraque, Afeganistão e em Kiev, capital da Ucrânia. Para compor o documentário, ele e seus companheiros de equipe — correspondentes da The Associated Press, também produtora do longa — estiveram presentes desde o início da invasão russa, do primeiro bombardeio ao corte de água, de suprimentos e das torres de sinal. Também foram os últimos jornalistas a permanecer na cidade. Enquanto filmavam a situação local, fugiam dos soldados russos para não serem capturados.

 

Impossível não dar nota máxima para uma produção dessas. Seria desumano!

 

20 dias em Mariupol

 

Em uma entrevista, Chernov falou mais sobre tudo o que viveu: “A primeira reação é o caos. As pessoas não sabem o que está acontecendo e entram em pânico. No começo, eu não consegui entender por que Mariupol desmoronou tão rapidamente. Agora sei que foi por falta de comunicação. Sem nenhuma informação saindo de uma cidade, sem fotos de prédios demolidos e crianças morrendo, as forças russas podiam fazer o que quisessem. Se não fosse por nós, não haveria nada (exposto). É por isso que corremos tantos riscos para poder mostrar ao mundo o que vimos, e foi isso que fez com que a Rússia estivesse suficientemente brava para nos caçar. Nunca achei que quebrar o silêncio fosse tão importante”, afirma Chernov.

 

Por fim, digo que essa produção merece ser vista por todos, ela é sensível, dolorosa, mas muito necessária.

 

20 dias em Mariupol

 

Eu só espero que você tenha um bom psicológico para conseguir dormir a noite após assisti-la.

 

Não perca 20 dias em Mariupol, a partir de 07 de março nos cinemas. Confira o trailer abaixo:

 

 

20 dias em Mariupol - Nos cinemas a partir de 7 de março
Nota Final
10/10
10/10
  • Ideia e Roteiro - 10/10
    10/10
  • Fotografia, Figurino e Efeitos Visuais - 10/10
    10/10
  • Áudio e Trilha Sonora - 10/10
    10/10
  • Adaptação e Atuação - 10/10
    10/10
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

20 dias em Mariupol merece ser visto por todos, ele é sensível, doloroso, mas muito necessário.

 

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Bruna Araújo

Uma geek assumida, viciada em eventos! Faço cobertura de cabines de imprensa e pré-estreias, além de grandes eventos como Big Festival, BGS e CCXP. Dona do Instagram @heeybrubs, onde você encontra os bastidores de todas essas aventuras!